
Na noite de segunda-feira, 21 de abril de 2025, a estudante da Universidade de São Paulo (USP) Bruna foi assassinada na Zona Leste de São Paulo. Imagens de câmeras de segurança mostram um homem seguindo a jovem a poucos metros de distância. Em determinado momento, ele a ataca por trás. Bruna tenta resistir, mas as imagens não mostram mais os dois após o ataque. A polícia suspeita que o agressor a levou para o local onde foi morta.
O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) está conduzindo as investigações e realizando buscas pelo suspeito. A identidade dele ainda não foi divulgada.
“Nossas equipes buscam localizar esse homem, que sabemos que é morador da região, mas não conhecia a vítima. Nos vídeos analisados ele aparece seguindo a estudante, depois as imagens não mostram mais nada nem os dois. Suspeitamos que ele a agarrou e a levou para o local onde a matou”, disse Ivalda Aleixo, diretora do DHPP.
“Morreu do jeito que mais temia”
“Morreu como ela mais temia”, disse mãe da vítima. Após reconhecer o corpo, Simone da Silva, mãe de Bruna, disse a um grupo jornalistas do lado de fora do Instituto Médico Legal que a estudante lutava pelo fim da violência contra a mulher. “Minha filha sempre lutou em prol do feminismo. Ela era muito contra a violência contra a mulher. Ela estudava isso e morreu exatamente como ela mais temia e como eu mais temia. E aí pergunto: ‘por que não fui eu?’. A dor seria bem menor”, afirmou.
O corpo da jovem foi encontrado na quinta-feira (17) em um estacionamento próximo. Estava seminu e machucado, com sinais de violência e queimaduras. Ao lado dele foi encontrado um sutiã e um saco plástico, que foram apreendidos pela perícia.
Bruna deixou um filho de 7 anos, fruto de um relacionamento anterior. Seu ex-marido, o atual namorado da estudante e a família dela foram ouvidos pela polícia. Os depoimentos deles vão ajudar a investigação no inquérito que tenta esclarecer a morte dela.
Segundo seus parentes, antes de desaparecer, a estudante estava na casa do namorado. “Quando vi que ela não tinha chegado, foi um choque”, falou Igor Rafael Sales, que namorava Bruna havia três meses. Ele mora no Butantã, na Zona Oeste da capital.
Bruna era formada em história pela Universidade de São Paulo (USP). Fez mestrado no programa de história social da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP em 2020. Atualmente, tinha sido aprovada para o mestrado de pós-graduação em mudança social e participação política da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) na mesma universidade.
Câmeras de segurança mostram homem seguindo Bruna Oliveira da Silva, estudante da USP pic.twitter.com/c2UBAfjNO9
— WWLBD
(@whatwouldlbdo) April 22, 2025
O post Vídeo mostra momento em que homem ataca estudante da USP e confirma desabafo da mãe: “Morreu como mais temia” apareceu primeiro em Pragmatismo Político.