O falecimento do papa Francisco, nesta segunda-feira 21, marca o início de uma nova fase na Igreja Católica. Com a vaga mais alta da hierarquia eclesiástica aberta, o Vaticano inicia oficialmente os preparativos para a escolha de um novo pontífice. Durante esse período, a Igreja será liderada provisoriamente pelo Colégio dos Cardeais, responsável por gerir apenas os assuntos urgentes até a eleição do novo papa.
O processo de sucessão, conhecido como Conclave, deverá ser iniciado entre 15 e 20 dias após a morte do papa. O ritual acontece na Capela Sistina, em Roma, sob um clima de sigilo absoluto. Podem participar da votação 138 cardeais com menos de 80 anos, incluindo sete brasileiros.
A eleição de um novo papa é sempre um momento histórico, e, desta vez, a atenção internacional se volta novamente para o Vaticano. Diversos nomes estão sendo cotados como possíveis sucessores de Francisco, cada um representando diferentes perfis, origens e visões sobre o futuro da Igreja.
Conheça alguns dos cardeais cotados para o papado:
- Jean-Marc Aveline (França, 66 anos)
Arcebispo de Marselha, é visto como um herdeiro espiritual de Francisco. De estilo simples e próximo dos fiéis, Aveline é conhecido por sua atuação em favor da imigração, do diálogo com o Islã e por sua forte formação teológica. Se eleito, será o primeiro papa francês desde o século XIV.

- Peter Erdo (Hungria, 72 anos)
Cardeal conservador, foi um dos mais cotados no conclave de 2013. Defensor da tradição e das raízes cristãs da Europa, já manifestou posições firmes em temas como migração e secularismo. Sua experiência na Nova Evangelização o torna um nome de peso entre os mais tradicionais.

- Mario Grech (Malta, 68 anos)
Secretário-geral do Sínodo dos Bispos, iniciou sua trajetória como conservador, mas se alinhou com as reformas de Francisco ao longo dos anos. É conhecido por seu discurso acolhedor aos fiéis LGBTQIA+ e pela defesa de uma Igreja mais inclusiva e dialogal.

- Juan José Omella (Espanha, 79 anos)
Arcebispo de Barcelona, destacou-se pelo compromisso com a justiça social. Com uma trajetória marcada pelo trabalho com os mais pobres, Omella representa uma continuidade das pautas sociais de Francisco.

- Pietro Parolin (Itália, 70 anos)
Atual Secretário de Estado do Vaticano, Parolin é o nome mais próximo do poder administrativo da Santa Sé. Diplomata de carreira, liderou negociações sensíveis com países como China e Venezuela. Seu nome é um dos mais fortes entre os favoritos para assumir o papado.

- Luis Antonio Tagle (Filipinas)
Chamado de “Francisco Asiático”, Tagle tem profundo compromisso pastoral e social. Com sólida atuação missionária e simpatia popular, poderia se tornar o primeiro papa do continente asiático, reforçando o crescimento da fé católica fora da Europa.

- Joseph Tobin (Estados Unidos, 72 anos)
Arcebispo de Newark e defensor de uma Igreja mais aberta às diversidades, Tobin é reconhecido pela firme atuação diante de escândalos de abuso e por seu acolhimento a minorias. Apesar de improvável a escolha de um papa americano, seu nome é respeitado entre os cardeais.

- Peter Turkson (Gana, 76 anos)
Com ampla experiência pastoral e forte atuação social, Turkson seria o primeiro papa da África Subsaariana. Foi uma voz importante nas discussões sobre justiça climática e paz mundial dentro do Vaticano.

- Matteo Maria Zuppi (Itália, 69 anos)
Conhecido como o “Bergoglio italiano”, Zuppi tem perfil semelhante ao de Francisco. É ligado à Comunidade de Sant’Egidio e atua diretamente com pobres e migrantes. Caso eleito, traria de volta à Itália o papado, após quase cinco décadas.

Com informações do G1*
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