Em um novo revés para a prefeita Nilda Cruz (Solidariedade), 6 dos 21 vereadores de Parnamirim anunciaram nesta quarta-feira a formação de uma bancada independente na Câmara Municipal, batizada de “Pró-Parnamirim”.
O grupo terá Michael Borges (PP) como líder. Além dele, integram a bancada: Eurico da Japão (Solidariedade), Léo Lima (Podemos), Michael Diniz (PL), Rárika Bastos (Republicanos) e Rodrigo Cruz (Podemos).
Parte dos vereadores da nova bancada integravam a base de Nilda Cruz desde o início da gestão, como Eurico da Japão, que é do mesmo partido da prefeita. Outros já se diziam oficialmente independentes, mas vinham mantendo conversas com interlocutores da gestão municipal.
Este é o 2º grande revés da nova prefeita na Câmara. O primeiro foi logo após a posse, em 1º de janeiro, quando o candidato apoiado pelo seu grupo foi derrotado na disputa pela presidência da Câmara. Na ocasião, Binho de Ambrósio (PSD) perdeu para o atual presidente, César Maia (MDB).
Com a nova bancada, a base de Nilda caiu para 11 vereadores, o que significa que a prefeita tem uma maioria estreita na Casa. Em votações que exigirem maioria absoluta (dois terços dos vereadores), a prefeita poderá enfrentar dificuldades.
A oposição segue oficialmente com três vereadores: o líder Thiago Fernandes (PP) e os vereadores Gabriel César (PL) e Jonas Godeiro (Avante).
O vereador Michael Borges, que foi o mais votado do último pleito em Parnamirim, disse que a bancada
“Pró-Parnamirim” não será oposição nem situação.
“Ela é uma bancada de equilíbrio. O objetivo dessa bancada é buscar a luz, buscar um ambiente de menos conflito, buscar um ambiente melhor para a nossa cidade, de forma técnica, de forma objetiva. Os vereadores que se alinham nessa bancada se alinham com um objetivo: contribuir no que for bom para a cidade”, declarou.
Ele ressaltou que a nova bancada não foi formada com o objetivo de “amedrontar” ou “pressionar” a gestão municipal. “É uma bancada formada para contribuir, para ajudar. Nós estamos aqui porque nós queremos ver a nossa cidade melhor, mas queremos ser ouvidos para isso. É preciso que os vereadores sejam ouvidos”, ressaltou.
