As fraudes no Pix causaram prejuízos de R$ 4,9 bilhões aos usuários em 2023, um aumento de 70% em relação ao ano anterior, segundo dados do Banco Central obtidos via Lei de Acesso à Informação. O crescimento acompanha a expansão do uso do sistema, mesmo mantendo proporção estável em relação ao total de transações.
O Mecanismo Especial de Devolução (MED), criado para restituir vítimas, enfrenta obstáculos devido à tática de “contas de passagem”. Criminosos transferem valores rapidamente para outras contas, muitas vezes alugadas ou abertas com dados roubados, esvaziando a conta inicial e inviabilizando a recuperação.
Bancos pressionam por medidas mais duras, como proibir por cinco anos do sistema financeiro quem alugar contas para golpes. Também cobram maior responsabilidade de instituições com elevado número de contas fraudulentas.
“O Pix trouxe eficiência, mas exige atualização constante contra criminosos”, afirmou fonte do setor. Em 2023, o sistema processou 42 bilhões de transações, consolidando-se como principal meio de pagamento do país. Especialistas recomendam que usuários evitem transferências para desconhecidos e desconfiem de ofertas irreais.