“Eles vestem preto, é como se fosse a farda deles. Aqui, onde moro, a gente ainda pode usar. Mas, tem outros bairros que é proibido”. Segundo uma moradora de uma comunidade do Rio de Janeiro, entre as principais imposições dos traficantes ligados à facção Comando Vermelho (CV) em alguns bairros da capital carioca e da Baixada Fluminense, está a proibição no uso de roupas pretas. Isso porque os grupos de milicianos -, ex-policiais que se envolveram com a criminalidade -, que agem nestas localidades, são identificados, exatamente, por se vestirem completamente com roupas nesta cor.Segundo a mulher, a ordem dos integrantes do CV é executar todos os milicianos que entrarem nas comunidades, o que faz com que os moradores evitem o uso de vestimentas pretas. O assunto veio a tona, em janeiro deste ano, após a morte de Francisco de Assis Almeida, 40 anos, executado no Catiri, em Bangu, na Zona Oeste da cidade, por estar vestindo uma blusa preta. Ele seguia para um evento da igreja, quando foi confundido com um miliciano.Esta semana, o assunto ganhou novamente os noticiários nacionais, depois que Sebastiana Luiz da Silva, 57, foi morta por também estar ventindo roupas pretas. Ela foi assassinada, no último domingo, 13, em Belford Roxo, na Baixada. Assim como Francisco, Sebastiana estava indo a um evento religioso.
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“Isso é um absurdo, muito triste. Moro na Cidade de Deus e, graças a Deus, isso ainda não chegou aqui. Aqui, não pode roubar. Se roubar morador, morre. Se entrar de carro, tem que ligar o alerta [luz]. Aqui, ainda é tranquilo”, afirmou a moradora.