O dia do desaparecimento da bebê Ana Beatriz foi marcado também por um episódio traumático, segundo informou o padrinho da criança, um vizinho da família identificado como Pedro Henrique.
A mãe da bebê, Eduarda da Silva Oliveira, teria tentado se matar com uma faca tipo peixeira, sendo impedida pelos compadres que teriam agido rapidamente para evitar uma tragédia.
“No dia do ocorrido, minha esposa saiu e perguntou como estava a Eduarda. Eu disse: ‘vou lá na casa dela’. A gente adentrou a residência e ela estava com a faca no pé da barriga, assim que ela me viu, escondeu. Minha esposa veio e abraçou ela e retirou a peixeira da mão dela. Ela me entregou [a faca] , coloquei no quarto e esperei as autoridades”, relatou Pedro Henrique.
O padrinho da bebê foi um dos mobilizadores do protesto que aconteceu no sábado, cobrando respostas para o, até então, sequestro da criança, tese que já foi descartada pela Polícia Civil.
“Quando foi no outro dia, na base de umas 11h, a gente começou a reunir o pessoal para fechar a BR”, frisou o homem, que disse ter visto a afilhada pela última vez na segunda-feira, dia 07 de abril.
Onde está Ana Beatriz?
Inicialmente, a história contada por Eduarda Silva de Oliveira foi de que a menina tinha sido sequestrada ao ser tomada de seus braços à beira da BR-101, por um grupo armado que teria fugido de carro em sentido ao estado de Pernambuco. No entanto, nessa segunda-feira (14), a polícia informou que a mãe teria mudado o depoimento, chegando a contar cinco histórias diferentes, descartando completamente a possibilidade de sequestro.
Agora, a polícia trabalha com duas linhas de investigação, sendo um ponto trabalhado o de que a recém-nascida ainda esteja viva e o outro é a hipótese do falecimento da neném, e – neste caso – ainda é preciso localizar o corpo, para posteriormente determinar a motivação e autoria.