
A “Carta de Juiz de Fora”. A expressiva participação de lideranças da região consolidou a liderança da prefeita Margarida Salomão e a tese da unidade defendida por ela desde o início de seu primeiro mandato. Por unanimidade, independentemente do viés ideológico, os líderes que participaram, nessa segunda-feira, do Encontro para o Desenvolvimento da Nossa Região destacaram que Juiz de Fora tem que puxar a fila nas ações a serem desenvolvidas em Belo Horizonte e Brasília e nos demais gabinetes que podem impulsionar o desenvolvimento coletivo.
A Carta de Juiz de Fora fala por todos e em uma só voz. Foi o que ficou claro nas quase três horas de reunião no Museu de Arte Moderna da UFJF. A Tribuna, por meio de sua diretora-presidente, Suzana Neves, endossou o projeto, pois entende, desde a sua primeira edição, que a cidade na qual tem sede não pode crescer sozinha. O entorno tem que ser contemplado com políticas públicas capazes de desenvolver Zona da Mata, Vertentes e Mantiqueira de forma integrada.
A Rede Tribuna sempre alertou que uma cidade rica com um entorno pobre só acumula problemas. Quando todos crescem, todos ganham.
A Zona da Mata tem índices preocupantes, só ficando à frente do Vale do Jequitinhonha – que tem recebido intensos incentivos do Governo -, a despeito de ter sido a indutora do desenvolvimento de Minas nos séculos passados.
Mas, como destacaram os oradores, não adianta olhar para o passado e ver a produção de café ou a Manchester Mineira. O futuro é agora, e ele só será alcançado de forma positiva se todos atuarem com um só propósito.
As lideranças políticas precisam rever suas práticas de atuar individualmente – o que vai demandar tempo – e olhar para o lado em busca de parceiros com o mesmo objetivo. Por isso, a decisão de se marcarem audiências em Brasília e Belo Horizonte como próximo passo foi um avanço, pois todos foram convocados para essas reuniões.
Na capital federal a pauta é o Aeroporto Presidente Itamar Franco, que precisa ter seu uso otimizado com novas rotas e estrutura para cumprir a sua vocação industrial. Em Belo Horizonte, o projeto é exigir do Governo a implementação de uma via de acesso ao terminal em condições de acolher a demanda de veículos de passeio e caminhões para o escoamento da produção pelo aeroporto.
Para tanto, fez-se um adendo: a MG-353 está ultrapassada, e seu trajeto, além das velhas dificuldades de segurança, isto é, sinalização precária e apenas pista dupla, não é mais o ponto a ser atacado. O Governo Zema, que tem dito com frequência que a construção e a recuperação de rodovias estaduais estão entre suas prioridades, precisa considerar a construção de uma via alternativa, como um anel rodoviário, que tire o trânsito de cidades como Coronel Pacheco, Goianá e Rio Novo, como se discute na Região Metropolitana de Belo Horizonte, para onde se avalia um segundo anel rodoviário.
No caso da Zona da Mata e de seu entorno, a via alternativa faria a ligação direta do Porto Seco, na Barreira do Triunfo, ao aeroporto, facilitando o desembaraço de mercadorias.
Tal medida impulsiona todos os municípios da região, hoje dependentes de emendas parlamentares diante da desidratação de investimentos por conta da precária infraestrutura.
Com uma só voz, as lideranças, certamente, serão ouvidas.
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