Primeira etapa do Hospital Municipal de Natal deve ser inaugurada no segundo semestre de 2025

O Hospital Municipal de Natal, atualmente em obras, tem previsão de inauguração para o segundo semestre de 2025. Segundo o secretário municipal de Saúde, Geraldo Pinho, a primeira etapa da unidade está com aproximadamente 85% de execução. “A nossa expectativa é que no segundo semestre, aquele equipamento, de fato, comece a funcionar e a entregar resultados para a população”, disse.

De acordo com o secretário, a previsão inicial é que o hospital entre em operação no final de agosto ou início de setembro. A primeira fase contará com 90 leitos de enfermaria, 10 de UTI, centro de diagnóstico por imagem, centro de esterilização, lavanderia e farmácia. “Além de entregar serviços adicionais à população, vai trazer economia para a nossa rede”, explicou.

Sobre o funcionamento da nova unidade, Geraldo Pinho informou que a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) estuda um remanejamento de serviços e profissionais. Uma possibilidade considerada para a administração da nova unidade é a adoção de uma parceria público-privada (PPP). “Pegamos exemplos exitosos e com eficiência, principalmente no Sul e Sudeste. A gente pode fazer uma PPP ali de gestão plena ou co-participativa, com metas, com indicadores. Tudo isso está sendo estudado e a gestão Paulinho Freire, a Secretaria Municipal de Saúde, vamos escolher a melhor opção, tanto para o hospital, como também para o serviço que vai ser prestado a todo natalense”, informou.

Segundo o secretário, o prefeito Paulinho Freire (União Brasil) visitou experiências semelhantes em cidades como Maceió e Macapá. “Ele conheceu outro serviço de saúde que tem a participação da iniciativa privada, da sociedade civil, das entidades filantrópicas, ajudando na gestão. Me deu essa missão também, de procurar projetos e exemplos que estão dando certo pelo país”, declarou.

O secretário destacou ainda a implantação de um projeto piloto de biometria para pacientes na rede pública. “Isso já estamos implantando ali no projeto piloto na UPA Paz do Sara. Estamos agora dando o segundo passo, levando esse projeto para dentro da UPA da Cidade da Esperança”, completou.

Secretário de Saúde de Natal alerta para falta de profissionais e estuda contratações emergenciais

Geraldo Pinho afirmou que o município enfrenta um déficit de profissionais de saúde, principalmente em categorias como técnicos, farmacêuticos, bioquímicos e odontológicos. “Tirando o profissional médico, todas as outras categorias de técnico, farmacêutico, bioquímico, odontológico, tudo, a gente está naquele contrato da Covid. De cinco anos atrás, praticamente”, disse.

O secretário explicou que, atualmente, a Prefeitura não pode realizar novas contratações desses profissionais. “Todo aquele cadastro foi chamado, 100% mantido. Então, a gente não pode fazer, no momento, nenhuma contratação desse tipo de profissional de saúde”, explicou.

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Secretário municipal de Saúde, Geraldo Pinho. Foto: Elpídio Júnior / CMN

A SMS mantém conversas com o Ministério Público para encontrar soluções. “A gente, permanentemente, tem debate, tem diálogo, tem negociação junto com o Ministério Público, para encontrarmos a melhor forma de fazer essa contratação. Não só para o hospital novo, mas também para a nossa rede, que está com déficit”, disse.

Entre as possibilidades, estão sendo analisadas uma seleção emergencial e um concurso público. “Para a gente poder fazer talvez uma emergencial, junto com um concurso público, uma seleção correndo em paralelo. Mas, o hospital, quando inaugurar, sim, vai ser necessário, de fato, um redimensionamento. Alguns serviços ele pode incorporar, para trazer mais economicidade, trazer mais eficiência”, completou.

Natal tem cerca de 800 mil habitantes, mas quase um milhão e meio de cartões SUS

Segundo o secretário, Natal enfrenta um problema histórico no atendimento da rede pública de saúde. “Nós temos quase 800 mil habitantes e quase um milhão e meio de cartões SUS”, disse. Ele destacou que a maior sobrecarga ocorre nas UPAs. “Fica difícil pra Natal poder abraçar toda a região metropolitana e todos os não munícipes. Fazemos um esforço grande mensal, o custo não é pequeno, mas precisamos de ajuda, precisamos de contrapartida”, afirmou.

Geraldo Pinho também comentou sobre a dívida do Governo do Estado com o município. “O Estado deixou de fazer o repasse constitucional obrigatório para o município de Natal, referente aos serviços prestados no SAMU, na UPA, na atenção básica, na vigilância em saúde, na atenção farmacêutica básica. Isso dá mais ou menos R$1,3 milhão por mês”, explicou.

Segundo ele, a dívida acumulada chegou a quase R$ 100 milhões, com bloqueios judiciais mensais de R$ 3 milhões desde dezembro de 2022. “Isso amortizou a dívida, mas hoje ainda permanecemos com uma dívida de quase R$ 62 milhões”, disse.

O secretário afirmou que aguarda audiência com o titular da Saúde do Estado, Alexandre Motta. “Desde sua posse que eu entrei em contato e espero uma audiência, há mais de um mês. Se a saúde de Natal não der certo, do Estado não vai dar. A recíproca também é verdadeira, temos que nos dar as mãos”, declarou.

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