Márcio Rêgo cria núcleo de inovação e avalia gestão compartilhada na Unimed Natal

O novo presidente da Unimed Natal, Márcio Rêgo, afirmou, neste sábado 12, que inicia sua gestão à frente da cooperativa com foco na continuidade responsável, gestão profissional e fortalecimento do cooperativismo. Ele anunciou a criação de um núcleo de inovação e estudos acerca de gestão compartilhada.

Eleito após uma campanha acirrada, Rêgo ressaltou que o processo eleitoral “saiu realmente às ruas de uma forma muito forte e até certo ponto traumática”, mas que as “feridas já cicatrizaram” e a transição ocorre de forma madura.

“Estamos em período de transição, fazendo uma transição madura, escutando os ex-diretores, escutando os colaboradores, num clima que parecia ser de instabilidade, porque as pessoas achavam que iria haver um desligamento em massa, e isso de fato não há”, declarou.

Segundo ele, a gestão foi formada com nove integrantes e a mudança ocorreu apenas entre os líderes. “O diretor do hospital continuará sendo o mesmo diretor do hospital, não é porque apoiou a chapa 1 que vou dizer que não quero mais o seu trabalho, tivemos uma conversa muito madura”, disse, em entrevista à Band RN.

Márcio Rêgo revelou que já iniciou articulações para incluir cooperados no desenvolvimento de soluções para a própria Unimed. “Nós criamos já, antes mesmo de assumir, o núcleo de inovação, com quatro cooperados junto ao setor de TI, para trazer novos produtos para a cooperativa. Nessa campanha, identificamos valores que ninguém nunca tinha enxergado. Temos cooperados que vendem startups para fora e a Unimed nunca usou o próprio cooperado para participar dessa forma”, afirmou.

Márcio Rêgo também defendeu a aproximação com hospitais de referência nacional, como Albert Einstein e Sírio-Libanês, para avaliar a possibilidade de gestão compartilhada. “Nós visitamos dois grandes hospitais com esse modelo. João Pessoa e Florianópolis, por exemplo, têm gestão do Albert Einstein. Vamos estudar, entender se há necessidade, ver custos, conversar com os gestores atuais. Não vejo nenhum tipo de problema ter esse tipo de investimento se tivermos uma certeza de resultado”.

Sobre a abertura da cooperativa para novos médicos, Rêgo confirmou que a Unimed Natal seguirá aberta à adesão, respeitando critérios técnicos. “A cooperativa pede essa entrada livre ao médico que quer participar, desde que atenda aos pré-requisitos. Mas nossa maior preocupação é cuidar dos 1.600 cooperados que já fazem parte. Se o cooperado está satisfeito, a entrega ao cliente é melhor. Queremos trazer melhores dias para o cooperado, inovação e enxugamento da máquina”.

Sobre os desafios assistenciais, o presidente anunciou a meta de ampliar o atendimento a crianças com transtorno do espectro autista (TEA) na rede própria da Unimed Natal. “Em 2019, tínhamos 90 pacientes com TEA, hoje estamos perto de 3 mil. Temos dois serviços em Natal, um em Candelária e outro na Zona Norte, que abrigam 15% dos pacientes, enquanto 85% estão em clínicas prestadoras. Nosso desafio é trazer o máximo possível para dentro da nossa estrutura, com qualidade e controle”.

Ao avaliar o impacto da responsabilidade assumida, Márcio foi direto: “Estamos falando do quarto, quinto faturamento do Estado, uma empresa gigantesca. A melhor operadora de saúde do Rio Grande do Norte. Temos que zelar por ela. É uma responsabilidade muito grande que a gente está encarando com muita responsabilidade”.

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