Canetas para emagrecer entram no Brasil em estojos escolares e cuecas

As famosas canetas de emagrecimento, que prometem rapidez na perda de peso e que tem sido vendida ilegalmente no Brasil, estão chegando no país em estojos escolares e até em roupas íntimas.“Ultimamente, têm trazido de forma oculta, dentro das malas, dentro de pote de cosmético. […] as formas são bem variadas, inclusive presas ao corpo”, afirmou Marcelo Costa, auditor fiscal da Receita Federal, em entrevista ao programa Fantástico, da TV Globo. Segundo ele, no início os medicamentos vinham em bagagens comuns, mas os métodos acabaram evoluindo.No país, o produto pode ser vendido ilegalmente por até R$ 5 mil. A previsão da Mounjaro é que o produto esteja disponível nas drogarias nacionais a partir de 7 de junho. Até lá, a importação só é permitida em casos individuais, com receita médica e dentro da bagagem pessoal.

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“O que é permitido é a importação por pessoa física”, reforçou a delegada Patrícia Miranda, da Alfândega do Aeroporto do Galeão.Só nos dois primeiros meses deste ano, a Receita Federal já apreendeu 470 canetas, superando em muito as 292 confiscadas durante todo o ano passado. O avanço fez com que o órgão reforçasse o trabalho de inteligência para mapear voos e perfis de passageiros que possam estar envolvidos na entrada irregular desses medicamentos no país.Uso indiscriminadoAs chamadas canetas para emagrecimento, como Mounjaro e Wegovy, contêm substâncias originalmente desenvolvidas para o tratamento do diabetes tipo 2, como a tirzepatida e a semaglutidaElas atuam diretamente no controle do apetite e dos níveis de glicose, mas devem ser usadas apenas sob prescrição médica e acompanhamento profissional. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) alerta que o uso sem orientação pode provocar efeitos colaterais como náuseas, vômitos, diarreia, pancreatite e hipoglicemia.

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