Paraguai investiga quadrilha que explora o tráfico de pessoas na fronteira

Esquema no Paraguai teria como epicentro cidades como Hernandarias.

O Ministério Público do Paraguai cumpriu, nessa segunda-feira (14), uma série de mandados de busca e apreensão na região de fronteira. Em Hernandarias, município vizinho a Ciudad del Este, um homem recebeu voz de prisão.

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De acordo com o órgão, os promotores Alcides Giménez, Luis Escobar e Vivian Coronel investigam a existência de um esquema de tráfico de pessoas.

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As vítimas, oriundas do Paraguai, são atraídas com falsas promessas de empregos em outros países, principalmente no Brasil.

As apurações, conforme o MP paraguaio, tiveram início após uma operação no Rio de Janeiro em 2024. Na ocasião, autoridades brasileiras encontraram paraguaios trabalhando em uma fábrica clandestina de cigarros em regime análogo à escravidão.

Muitos dos trabalhadores, com experiências anteriores em fábricas de cigarros no Paraguai, tinham como origem a cidade de Hernandarias. A indústria tabacalera tem forte presença na economia do município, com grande número de operários qualificados.

Em uma das residências vistoriadas, os agentes apreenderam evidências como listas contendo nomes e indicações sobre possíveis vítimas no Paraguai.

“Encontramos passaportes, listas de pessoas e detalhes financeiros. Tudo isso motivou a detenção de uma pessoa, que já está sendo investigada como possível recrutadora”, detalhou o promotor Luis Escobar, citado pelo jornal Última Hora.

Já a promotora Vivian Coronel indicou, ao jornal La Nación, que algumas das pessoas recrutadas tinham conhecimento de que trabalhariam em fábricas clandestinas de cigarros. “Mesmo assim, isso não descaracteriza o tráfico de pessoas”, apontou.

Falsificação de cigarros do Paraguai

A fabricação de cigarros está, atualmente, entre as atividades mais lucrativas de grupos criminosos que operam no estado do Rio de Janeiro. Marcas do Paraguai, já conhecidas dos consumidores fluminenses, ganham versões piratas em território brasileiro.

O esquema, conforme publicações da imprensa do Rio de Janeiro, inclui ameaças aos comerciantes que se recusam a vender os cigarros produzidos pelas quadrilhas.

Operações da Polícia Federal (PF) e de forças estaduais já detectaram a existência de esquemas similares no estado de Minas Gerais, onde também houve o resgate de trabalhadores do Paraguai em regime análogo à escravidão.

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