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Ao todo, a exposição reúne 50 obras inéditas, incluindo 27 pinturas em acrílico sobre tela e 18 objetos — entre esculturas em ferro, falos de Exu, cabeças, manuscritos e figurinos performáticos. Projeções audiovisuais e um documentário sobre o artista também integram a montagem.“Suas esculturas, máscaras e pinturas exploram o corpo como território de inscrição da violência, mas também da reinvenção. Em sua produção, Jayme se apropriava de materiais reciclados, sucatas e detritos urbanos, subvertendo a estética da precariedade em uma estratégia de potência criativa. As figuras híbridas e grotescas que emergem de suas obras desestabilizam qualquer leitura homogênea do corpo negro, tensionando noções de humanidade e subalternidade”, destaca o curador Danillo Barata.Conhecido como “o homem da máscara de ferro”, Jayme Fygura construiu uma obra marcada pela relação entre corpo, ancestralidade e resistência. Ao atravessar linguagens como pintura, escultura, performance e objetos indumentários, sua produção desafiou fronteiras entre arte, espiritualidade e crítica social. A máscara, símbolo recorrente em sua trajetória, transforma-se em ferramenta de denúncia, proteção e afirmação.A programação da mostra inclui visitas guiadas para alunos da rede pública e oficinas de criação de instrumentos musicais a partir de materiais reciclados, promovendo uma abordagem educativa sobre identidade, pertencimento e resistência por meio da arte.
Serviços
➡️ Exposição póstuma “Jayme Fygura: De Corpo e Alma”▪️Abertura: 15 de abril▪️Visitação: 16 de abril a 6 de julho de 2025▪️Horário: Terça a domingo, das 9h às 17h30▪️Local: CAIXA Cultural Salvador (Rua Carlos Gomes, 57 – Centro)▪️Entrada gratuita