A reportagem do Jornal Cidade recebe diariamente ao menos uma reclamação sobre descarte irregular de lixo ou entulho em algum local da cidade de Rio Claro. As reclamações também são sobre mato alto, falta de manutenção em prédios abandonados e o surgimento de possíveis criadouros de mosquitos transmissores da dengue. E o fato é que os números não param de subir no município, basta uma rápida análise nos dados apresentados pela Prefeitura Municipal nos últimos dias.
No boletim divulgado em 2 de abril, a cidade havia contabilizado 1.788 casos de dengue e, nesta sexta-feira (11), o número subiu para 2.167, uma diferença de 379 casos em nove dias. Até sexta-feira (11),, o município já contabilizava seis mortes devido à doença. No ano passado, foram 25 óbitos. Os dados são todos da Vigilância Epidemiológica do município.
De acordo com dados divulgados pelo Ministério da Saúde na terça-feira (8), ao longo dos três primeiros meses deste ano, 73% dos casos se concentraram nos estados de São Paulo, Minas Gerais e Paraná. A pasta também divulgou ações que serão colocadas em prática pela esfera federal com o intuito de reduzir os casos graves e óbitos da doença.
O QUE FAZER?
Essa pergunta pode parecer um pouco complexa diante de um cenário em que se observam pessoas precisando de ajuda e o assunto tratado é saúde. Mas a resposta acaba sendo simples: É PRECISO CADA UM FAZER A SUA PARTE! O combate ao mosquito transmissor da dengue é dever de todos, e o descarte correto de lixo e entulho, por exemplo, já é mais da metade do caminho para evitar o surgimento de criadouros.
O lixo domiciliar deve ser deixado em frente à residência do responsável pelo material, na calçada, no dia e horário da coleta, que é feita dia sim, dia não, três vezes por semana em cada bairro.
A coleta seletiva de lixo é feita pela cooperativa Coopervida e pela Associação Novo Tempo. Antes de deixar os recicláveis para coleta, é importante higienizar o material, sempre que possível.
ECOPONTOS
A cidade de Rio Claro tem oito ecopontos, nos quais podem ser levados entulho, móveis velhos, eletrônicos, podas de árvores e resíduos recicláveis. O volume máximo é de um metro cúbico. Lixo domiciliar não pode ser levado aos ecopontos, que abrem de segunda a sexta-feira, das 7 às 18 horas, aos sábados, das 7 às 17 horas, e aos domingos e feriados, das 7 às 12 horas.
- Jardim das Palmeiras – Avenida 3JP, ao lado da estação de tratamento de esgoto
- Cervezão – Rua 6-A com Avenida M-21, em frente à rotatória do Cervezão
- Jardim São Paulo – Rua 1
- São Miguel – Anel Viário, perto da Avenida 62-A
- Inocoop/Guanabara – Avenida Tancredo Neves com Rodovia Fausto Santomauro
- Jardim Figueira – Avenida 54, em frente à Rua 14
- Assistência – Avenida 1-A com Rua 3
- Ajapi – km 16 da Estrada Ajapi-Ferraz
CATA-BAGULHO
A prefeitura também realiza a operação cata-bagulho, com caminhão que passa nos bairros uma vez por mês. Nesse serviço, são recolhidos materiais em desuso, como móveis, pneus, latas, itens eletrônicos inservíveis, metais, plásticos, óleo de cozinha usado (desde que corretamente embalado) e outros objetos velhos e sem utilidade. Basta deixar o material na calçada, em frente de casa, logo no início da manhã e no dia indicado no calendário. O cata-bagulho também não recolhe lixo domiciliar.
EM CASA
É fundamental manter quintais e cômodos da residência sempre limpos e sem criadouros, que, segundo o Ministério da Saúde, estão, na maior parte dos casos – 70% deles – no interior das residências. Ainda sobre o descarte de alguns materiais, o isopor, por exemplo, deve ser colocado juntamente com o lixo domiciliar para coleta.
Quando o assunto é óleo usado, uma alteração: esse material não está mais sendo recolhido no cata-bagulho, como dissemos na resposta anterior. O correto agora é colocá-lo junto com os recicláveis, para a coleta seletiva, ou deixá-lo, devidamente embalado, nos ecopontos.
Já o vidro deve ser destinado como lixo reciclável e não na coleta domiciliar. Também pode-se levar vidro aos ecopontos. Sempre que pedaços de vidro forem descartados, devem ser embalados em jornais e depois colocados em caixas de leite ou papelão para evitar o contato direto do vidro com os sacos plásticos. Também é importante deixar um aviso dizendo “contém vidro” ou “cuidado, vidro” na embalagem. Isso ajuda a identificar o material e reduz riscos.
VACINA
Outra forma importante de prevenção é a vacinação. Um novo lote de vacina chegou à cidade na última semana, e a aplicação das doses foi retomada. A vacinação contra a dengue em Rio Claro atende pessoas de 6 a 16 anos.
As salas de vacinação atendem de segunda a sexta-feira, a partir das 7h30. Nas unidades dos bairros Mãe Preta, Bonsucesso e Terra Nova, a vacinação vai até as 18h30, e nas demais unidades de saúde do município, a vacinação se encerra às 16h30.
A Fundação Municipal de Saúde ressalta que a vacina é uma medida adicional importante para evitar novos casos de dengue e que quem pertence ao público-alvo precisa ser imunizado.
O QUE LEVAR
Para tomar a vacina, é necessário apresentar cartão SUS e carteira de vacinação da criança ou adolescente, que também precisa estar acompanhado de responsável. A vacina é aplicada em duas doses, com intervalo de 3 meses. No caso de pessoas que tiveram dengue, é recomendado aguardar seis meses para o início do esquema vacinal.
Em casos de suspeita de dengue, o atendimento dos pacientes é feito nas unidades básicas de saúde (UBS), unidades de saúde da família (USF) e nas UPAs. As UBS e USF devem ser procuradas pelas pessoas com sintomas leves, como dor de cabeça, dor no corpo e febre.
Quem tiver esses sintomas associados a dor abdominal persistente, diarreia, vômito e sangramento de gengiva ou nariz deve procurar, com urgência, a UPA do Cervezão ou do Bairro do Estádio. Quando necessário, os pacientes são então encaminhados ao hospital municipal, entregue pelo prefeito Gustavo no mês passado.
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