

O desenho revelado nos últimos dias pela Volkswagen, com assinatura do chefe de design das Américas, José Carlos Pavone, mostrou um pouco como será a nova geração da Amarok. Se a plástica feita em 2024 decepcionou muita gente por não trazer evoluções significativas em um projeto antigo, a próxima linha da picape média será referência na categoria. É o que garantiu o CEO da VW na América do Sul, Alexander Seitz.
Para se tornar um “bechmark” entre as picapes da categoria, a nova VW Amarok vai usar uma arquitetura chinesa fornecida pela SAIC, sócia da montadora alemã há mais de quatro décadas. Por enquanto, a VW não deu detalhes técnicos, mas o desenho feito pelo JC Pavone entregou algo novo: a base escolhida pela empresa é mais sofisticada do que parecia de início.
Nova Amarok terá plataforma maior
Em vez da picape T90, um projeto mais antigo, a nova Amarok deverá usar a plataforma da Maxus Terron, modelo mais moderno e sofisticado, com várias possibilidades de motorização. Essa oferta mais ampla será crucial para a picape da Volkswagen, já que permitirá a oferta de versões híbridas completas (HEV) e do tipo plug-in (PHEV). Ou, até mesmo, uma Amarok 100% elétrica.

Por enquanto, difícil imaginar que a picape da VW virá em versão apenas elétrica. O mais provável é que a nova Amarok aposte em um conjunto híbrido recarregável, a exemplo da BYD Shark. Mas sem abrir mão de opções a diesel. Uma possibilidade é o modelo utilizar um novo sistema movido a etanol. Afinal, a Volkswagen vem exaltando o combustível vegetal e renovável em seus últimos anúncios sobre tecnologia híbrida.
Já em relação ao tamanho, a próxima Amarok também se beneficiará da plataforma da SAIC. Na comparação com as rivais Ford Ranger e Toyota Hilux, por exemplo, a base da Maxus Terron é maior, o que dará alguma vantagem ao modelo da VW. A picape chinesa tem 5,50 metros de comprimento, 2 metros de largura, 1,86 metro de largura e 3,30 metros de distância entre-eixos. Ou seja, tamanho próximo ao da BYD Shark. E um pouco menor que o de modelos como Ford F-150 e RAM 1500.
Outro detalhe curioso no projeto chinês é o chassi, que a Maxus chama de “semi-monocoque”. Apesar de comprida, a picape Terron não tem, por exemplo, a clássica divisão da cabine com a caçamba – a estrutura é inteira. Aliás, o formato das colunas traseiras do desenho foi o que entregou o parentesco com a nova Amarok.
Interior promete revolucionar picape da VW
Por dentro, a Maxus Terron – também chamada de Interestellar X – é bastante moderna. Assim, vai ajudar a VW Amarok a subir de nível. O modelo chinês tem duas telas combinadas de 12,3 polegadas no painel, carregador por indução duplo para celulares e painel moderno, com poucos botões físicos.
O acabamento é sofisticado e tem padrão de carro de passeio. Mas nisso (e em outros aspectos) o modelo da VW irá se diferenciar. Afinal, não será uma mera troca de logotipo. Conforme executivos da marca alemã, a nova Amarok será totalmente desenvolvida pela empresa – apenas módulos do projeto serão compartilhados entre as picapes, conforme o CEO Alexander Seitz.
Por fim, em relação aos conteúdos, a próxima Amarok terá recursos avançados de condução semiautônoma, como frenagem automática de emergência, assistente de permanência em faixa e alerta de ponto cego, por exemplo. É algo que faltou no modelo atual na reestilização, já que o projeto de 2010 não previa.
A picape também terá câmeras com sistema de visão 360°, além de vasta conectividade, com 5G integrado e atualizações remotas OTA (Over The Air). Por enquanto, são possibilidades, mas é certo que a nova Amarok dará um salto evolutivo considerável quando chegar às ruas em 2027. É esperar para ver.
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