
Menino de três anos foi levado ao hospital em Cerquilho (SP) no dia 12 de março, momento que os médicos identificaram duas fraturas no osso. A causa do acidente ainda não foi descoberta. Menino que teve duas fraturas na perna após creche relatar que criança estava com câimbra ainda está em processo de recuperação em Cerquilho (SP)
Arquivo pessoal/Carol Kplari
Um mês após uma criança de três anos quebrar a perna em dois lugares em uma creche de Cerquilho (SP), a família ainda busca respostas sobre o que aconteceu. Segundo a avó, a instituição relatou, inicialmente, que o menino estaria apenas com câimbra. O caso foi registrado na polícia e a família cobra uma posição da prefeitura.
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Segundo a avó da criança, Carol Kplari, o pequeno Ravi precisou trocar o gesso duas vezes desde o dia em que os médicos identificaram as fraturas no osso da perna direita. “Falaram que é mais ou menos três semanas para começar a tirar o gesso, porque está com a perna praticamente inteira [imobilizada]”.
Ao g1, Carol afirma que ainda não teve nenhum retorno da prefeitura sobre o caso. “Até agora não tivemos nenhum respaldo da prefeitura em relação a nada. Não foi marcado nenhum tipo de reunião com a prefeitura no setor jurídico, para saber como é que vai ficar essa situação. Ou seja, nada foi resolvido, nada foi esclarecido…”
“Eu tô praticamente sozinha e algo que foi e é tão sério, que aconteceu com ele, não pode ficar dessa forma, não pode acabar assim. As coisas precisam ser resolvidas”.
Raio-x mostra fraturas no osso de criança de três anos após ela ter sido buscada em creche no interior de SP
Arquivo pessoal
‘Ninguém sabe o que aconteceu’
A vó reclama de abandono sobre o assunto por parte do município, por ainda não saber o que aconteceu com o menino. “Como uma criança vai pra escola e volta com uma fratura em dois lugares? Ninguém sabe o que aconteceu, com três profissionais cuidando dele…”
“Seja acidente ou não, teve uma negligência, alguma coisa aconteceu e tá com a perna fraturada e está tendo uma omissão ou uma negligência da parte da escola que faz parte do município”.
Devido ao tratamento, Ravi precisou ter a rotina adaptada, com mobilidade restrita, conforme a avó. “Mesmo que ele queira brincar, para colar o osso totalmente, vai uns seis meses, então, é sem correr, sem bicicleta, sem brincar”.
“Ele não quer mais ir pra escola, mas o fato dele não estudar é fora de cogitação”, afirma Carol. Até passar o prazo indicado pelos médicos, Ravi está sem ir à creche, mas a avó pretende trocar ele de unidade e reforçando ainda que seja um local que tenha câmeras.
Avó do menino que teve fraturas em dois lugares diferentes precisará ficar com a perna imobilizada por cerca de dois meses desde o acidente
Arquivo pessoal/Carol Kplari
“Tem muitos pais revoltados. Não há câmeras na escola dele e nem nas outras de educação infantil. A gente precisa descobrir o que aconteceu. Ele tem duas fraturas em uma perna que não são por acaso”.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), o caso foi registrado no dia 12 de março como lesão corporal e está sob investigação na delegacia da cidade. O g1 entrou em contato novamente, pedindo atualizações, mas ainda não obteve resposta até a última atualização desta reportagem.
Em nota, a Prefeitura de Cerquilho que a Secretaria da Saúde está atenta às necessidades de Ravi e tem garantido a oferta de todos os atendimentos necessários, tanto pela Atenção Primária à Saúde quanto pela Atenção Especializada.
Ainda conforme nota, as equipes multiprofissionais estão mobilizadas e atuando de forma integrada, assegurando que todas as demandas identificadas sejam atendidas com a máxima eficiência e cuidado. Entretanto, o município não informou atualizações sobre a causa do acidente que levou as fraturas na perna do menino para além de que o caso segue sendo investigando.
Relembre o caso
O g1 teve acesso ao boletim de ocorrência, de acordo com a declaração da avó, a coordenadora da creche ligou para a família pedindo que fosse buscar o aluno, pois ele estaria assistindo TV e acharam que ele estava com câimbra, pois chorava muito e dizia estar com dor na perna.
Após atendimento médico, o raio-x identificou que duas fraturas na perna direita e, segundo a família, não foram informadas pela escola. No hospital, a equipe médica reforçou que não teria como o menino ter se machucado daquela forma sozinho e que a fratura pode ter sido por influência de uma queda, puxão brusco ou “pisão”, segundo b.o.
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