Professora atacada por alunos em Caxias do Sul segue em recuperação e investigação pode ser concluída em breve
A investigação sobre o ataque sofrido por uma professora dentro de uma escola municipal em Caxias do Sul, na Serra Gaúcha, está próxima de ser concluída. A expectativa é de que a apuração seja encerrada ainda nesta semana ou, no mais tardar, no início da próxima, conforme avaliação do advogado que representa a educadora.
O caso aconteceu no dia 1º de abril, na Escola Municipal João de Zorzi, no bairro Centenário. Três adolescentes, com idades entre 13 e 15 anos, são apontados como os responsáveis pela agressão. Dois deles já estão internados em unidades da Fase (Fundação de Atendimento Socioeducativo) e a terceira, uma menina de 13 anos, foi apreendida dias após o crime.
Inquérito está em fase final e corre sob sigilo
A professora foi ouvida pela Polícia Civil na segunda-feira (7), em uma etapa considerada sensível. De acordo com o advogado, a vítima ficou bastante abalada ao relatar os fatos, mas o acolhimento prestado pelos agentes da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente foi fundamental para que o depoimento ocorresse da melhor forma possível.
A apuração tramita sob segredo de Justiça por envolver menores de idade. O processo está vinculado à Justiça da Infância e da Juventude, que prevê prazo de até 45 dias para a conclusão de toda a ação, não apenas da investigação. Mesmo assim, a defesa da professora acredita que os trabalhos policiais devem ser finalizados nos próximos dias, uma vez que o inquérito avança de forma ágil e eficiente.
Vítima recebe acompanhamento psicológico e assistência médica
Desde o ataque, a professora permanece em casa, com estado de saúde estável, mas ainda sob cuidados médicos e psicológicos. Ela recebe acompanhamento especializado oferecido pela prefeitura e, além disso, contratou um enfermeiro particular, com o objetivo de garantir atendimento contínuo, diante da gravidade do ocorrido.
A vítima optou por não se manifestar publicamente. Conforme já havia adiantado seu advogado, além do processo criminal, a equipe jurídica estuda acionar o município judicialmente, considerando que o ataque não deve ser tratado como um caso isolado dentro da rede pública de ensino.
Suspeitos demonstraram frieza ao confessar o crime
Os três adolescentes envolvidos no caso estão apreendidos por decisão judicial e respondem por ato infracional análogo à tentativa de homicídio. Conforme revelou o delegado regional da Polícia Civil, os jovens mostraram tranquilidade ao falar sobre o crime e reconheceram que sabiam que seriam detidos.
A frieza demonstrada durante os depoimentos surpreendeu até mesmo os investigadores. O caso segue mobilizando a comunidade escolar e provocou discussões sobre segurança nas escolas e medidas preventivas para evitar novos episódios de violência.
Fonte: Portal Leouve
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