Estupidez em dobro

O projeto de lei propondo desarmar a segurança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o desejo declarado de festejar a morte do chefe de Estado, por parte do deputado Gilvan, extrapolam a dimensão do absurdo.A falta de limite para o ódio dos extremistas implica ação imediata por parte da Advocacia Geral da União, ao pedir celeridade para investigar os dois fatos associados, beirando a ficção a tal ponto escaparem da normalidade cívica.Como agravante, a proposta de tornar vulnerável a integridade física de Lula foi aprovada, por 15 votos a 8, na Comissão de Segurança Pública da Câmara, seguindo direto para o Senado, se não houver recurso para ir ao plenário da Câmara.A mobilização dos radicais alerta o país para o descalabro ao qual se submete a Casa Legislativa, gerando a necessária participação da Procuradoria Geral da República para providências imediatas cabíveis. Como não há vestígio de moralidade ou inclinação para debate minimamente ético, deve entrar em ação a Polícia Federal, a fim de coletar provas de incitação ao crime, como prevê o Código Penal.A figura do parlamentar pateta sinaliza o falso patriotismo, ao arrotar arrogância com a bandeira do Brasil estendida ao ombro, como tornou-se banal no país, misturando os símbolos da pátria a uma ira doentia.O insano brado do incitador excede a redoma da imunidade parlamentar, de acordo com o artigo 53 da Constituição Federal, conforme jurisprudência firmada pelo Supremo Tribunal Federal.A violência extrema alcança o âmbito institucional, deixando horrenda cicatriz na imagem já prejudicada do Congresso, ao quebrar recorde do reacionarismo mais covarde e asqueroso.A débil e falaciosa argumentação corresponde à agressão à lógica, outra mania contumaz do grupo guiado pela estupidez de retaliar as autoridades, porque “querem desarmar a sociedade”.Seria ridículo tal cenário de reles “bang-bang” não fossem alarmantes as duas manifestações associadas a sugerirem o pronto rechaço nas dimensões policial, judiciária e política.
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