Linha de Passe
Ex-diretor da ESPN, José Trajano foi às redes sociais nesta quarta-feira criticar o canal esportivo pela atitude de repreender seis jornalistas por críticas à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e ao presidente Ednaldo Rodrigues, em programa que foi ao ar na última segunda. Apuração do Estadão confirmou que os profissionais — que incluem o editor-chefe do “Linha de Passe” — foram chamados para uma reunião com a alta cúpula da emissora.1Programa da ESPN critica CBF, entidade reclama e canal cobra jornalistas por ‘erro de processo’Os comentários na edição do dia 7 foram feitos com base na reportagem publicada pela Revista Piauí que revela, dentre outras polêmicas da gestão reeleita da entidade, o gasto de R$ 3 milhões com a ida de 49 pessoas não relacionadas à Confederação ou às federações estaduais para a Copa do Mundo no Catar, em 2022.“Informação era o nosso esporte!”, começou o jornalista, em publicação no Instagram. “A ESPN, ao invés de parabenizar os cinco jornalistas e mais o editor-chefe por terem participado do excelente Linha de Passe da última segunda-feira, que repercutiu a valiosa matéria de Allan de Abreu, da revista Piauí, sobre a farra do boi da administração Ednaldo, optou por puni-los com uma suspensão temporária.” View this post on Instagram A post shared by José Trajano (@ultrajano)Apesar disso, apurou reportagem do Estadão, todos os envolvidos continuam escalados para demais atrações desta semana, como o próprio “Linha de Passe”, que originou a polêmica, e para transmissões esportivas. Não houve afastamento dos profissionais em questão.“A emissora não se manifestou, mas o que se diz é que a ESPN acabou de fechar a transmissão da Série B, e a CBF deu o aval para isso, mesmo sem assinar o contrato”, continuou o jornalista. O acordo pelos direitos de transmissão foi fechado após negociação entre o Grupo Disney com Libra e LFU.O jornalista chamou o comportamento da emissora de “censura”: “Não querendo se indispor com os caras da CBF, a ESPN optou pela lei da mordaça, pela censura, pela punição aos que fizeram jornalismo de verdade, se pondo de joelhos diante dos ‘poderosos’”, escreveu. “Minha solidariedade aos companheiros de profissão William Tavares, Paulo Calçade, Gian Oddi, Pedro Ivo Almeida, Vitor Birner e Dimas Coppede”, finalizou.Entenda o casoA ESPN chamou seis jornalistas responsáveis por críticas à CBF e ao seu presidente, Ednaldo Rodrigues, em um dos programas da emissora para uma reunião nesta terça-feira. Considerado um “erro de processo”, o canal levou em conta que o “Linha de Passe”, atração que acabou se envolvendo no imbróglio, não avisou à alta cúpula sobre a temática da edição de segunda-feira. A Confederação fez cobranças à ESPN, que só então descobriu o teor da exibição, antes da exibição ao vivo do programa por conta de um anúncio de Gian Oddi, um dos comentaristas, nas redes sociais.Segundo apurado, as equipes comercial e de marketing da emissora não estavam cientes sobre o que trataria o “Linha de Passe” da segunda-feira. O canal e os jornalistas envolvidos preferiram não se manifestar acerca do assunto. Por sua vez, a CBF disse que a informação “não procede” e que “respeita a liberdade de imprensa com responsabilidade e não pede interferências de nenhum tipo na linha editorial de veículos de comunicação. Qualquer narrativa diferente desta é mentirosa e leviana.”
Ex-diretor da ESPN, José Trajano foi às redes sociais nesta quarta-feira criticar o canal esportivo pela atitude de repreender seis jornalistas por críticas à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e ao presidente Ednaldo Rodrigues, em programa que foi ao ar na última segunda. Apuração do Estadão confirmou que os profissionais — que incluem o editor-chefe do “Linha de Passe” — foram chamados para uma reunião com a alta cúpula da emissora.1Programa da ESPN critica CBF, entidade reclama e canal cobra jornalistas por ‘erro de processo’Os comentários na edição do dia 7 foram feitos com base na reportagem publicada pela Revista Piauí que revela, dentre outras polêmicas da gestão reeleita da entidade, o gasto de R$ 3 milhões com a ida de 49 pessoas não relacionadas à Confederação ou às federações estaduais para a Copa do Mundo no Catar, em 2022.“Informação era o nosso esporte!”, começou o jornalista, em publicação no Instagram. “A ESPN, ao invés de parabenizar os cinco jornalistas e mais o editor-chefe por terem participado do excelente Linha de Passe da última segunda-feira, que repercutiu a valiosa matéria de Allan de Abreu, da revista Piauí, sobre a farra do boi da administração Ednaldo, optou por puni-los com uma suspensão temporária.” View this post on Instagram A post shared by José Trajano (@ultrajano)Apesar disso, apurou reportagem do Estadão, todos os envolvidos continuam escalados para demais atrações desta semana, como o próprio “Linha de Passe”, que originou a polêmica, e para transmissões esportivas. Não houve afastamento dos profissionais em questão.“A emissora não se manifestou, mas o que se diz é que a ESPN acabou de fechar a transmissão da Série B, e a CBF deu o aval para isso, mesmo sem assinar o contrato”, continuou o jornalista. O acordo pelos direitos de transmissão foi fechado após negociação entre o Grupo Disney com Libra e LFU.O jornalista chamou o comportamento da emissora de “censura”: “Não querendo se indispor com os caras da CBF, a ESPN optou pela lei da mordaça, pela censura, pela punição aos que fizeram jornalismo de verdade, se pondo de joelhos diante dos ‘poderosos’”, escreveu. “Minha solidariedade aos companheiros de profissão William Tavares, Paulo Calçade, Gian Oddi, Pedro Ivo Almeida, Vitor Birner e Dimas Coppede”, finalizou.Entenda o casoA ESPN chamou seis jornalistas responsáveis por críticas à CBF e ao seu presidente, Ednaldo Rodrigues, em um dos programas da emissora para uma reunião nesta terça-feira. Considerado um “erro de processo”, o canal levou em conta que o “Linha de Passe”, atração que acabou se envolvendo no imbróglio, não avisou à alta cúpula sobre a temática da edição de segunda-feira. A Confederação fez cobranças à ESPN, que só então descobriu o teor da exibição, antes da exibição ao vivo do programa por conta de um anúncio de Gian Oddi, um dos comentaristas, nas redes sociais.Segundo apurado, as equipes comercial e de marketing da emissora não estavam cientes sobre o que trataria o “Linha de Passe” da segunda-feira. O canal e os jornalistas envolvidos preferiram não se manifestar acerca do assunto. Por sua vez, a CBF disse que a informação “não procede” e que “respeita a liberdade de imprensa com responsabilidade e não pede interferências de nenhum tipo na linha editorial de veículos de comunicação. Qualquer narrativa diferente desta é mentirosa e leviana.”
