Nova técnica de estimulação cerebral, ainda em testes, melhora qualidade de vida e diminui efeitos colaterais dos medicamentos
A introdução da estimulação cerebral profunda adaptativa (aDBS) representa um avanço significativo no tratamento da doença de Parkinson, oferecendo uma abordagem personalizada que melhora os sintomas motores e reduz os efeitos colaterais associados às terapias tradicionais.
Tecnologia ajusta estímulos em tempo real
A aDBS utiliza inteligência artificial para monitorar continuamente a atividade cerebral do paciente e ajustar, em tempo real, a intensidade da estimulação elétrica necessária. Diferente da estimulação cerebral profunda convencional — que fornece impulsos constantes —, a aDBS adapta a intensidade conforme as necessidades do momento, proporcionando um controle mais eficaz dos sintomas e menos efeitos adversos.
Casos reais com resultados expressivos
Dois pacientes norte-americanos participaram de estudos com a nova técnica: Keith Krehbiel, diagnosticado aos 40 anos, e James McElroy, aos 47. Antes, eles dependiam de múltiplos medicamentos que causavam efeitos colaterais debilitantes. Após adotarem a aDBS, ambos relataram significativa melhora na qualidade de vida, com redução dos sintomas e menor uso de remédios.
Sintomas motores e não motores são controlados
O sistema detecta sinais neurais que precedem tremores e rigidez muscular e ajusta a estimulação para neutralizá-los. Além disso, estudos apontam melhora em aspectos não motores, como sono e humor. Os primeiros resultados indicam redução de até 50% nos sintomas da doença.
Perspectiva de futuro
Especialistas alertam que mais testes são necessários antes de aDBS se tornar amplamente disponível. No entanto, o avanço já é visto como um divisor de águas no combate à doença de Parkinson, que afeta mais de 10 milhões de pessoas no mundo.
A estimulação cerebral profunda adaptativa é uma inovação que oferece esperança real aos pacientes, com potencial para transformar o tratamento da doença nas próximas décadas.
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