Vereadores de Rio Claro defendem anistia pelo 8 de janeiro

Vereadores da Câmara Municipal debateram na sessão dessa segunda-feira (7) o assunto de conceder ou não anistia aos envolvidos nos ataques de 8 de janeiro em Brasília, conforme ato realizado no domingo (6) em São Paulo, defenderam em maioria a concessão do benefício. Alguns deles, inclusive, estiveram no ato político na capital paulista, convocado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, que se tornou réu no Supremo Tribunal Federal (STF) pelo suposto envolvimento neste ano.

O assunto foi levantado pelo vereador Sivaldo Faísca (PL), que deu parabéns aos manifestantes que se reuniram no domingo. “É uma perseguição. Parabéns a todos que foram na Avenida Paulista e aos partidos que apoiaram essa manifestação”, afirmou. Moisés Marques (PL), que esteve no ato, reforçou o tema. “Anistia já. Todos estavam [no protesto em SP] empenhados em proteger aquelas pessoas que injustamente tiveram que ficar presas. São trabalhadores, foi um dia marcante”, disse. Val Demarchi (PL) afirmou que esteve no ato e que a manifestação tinha “muitos familiares, pessoas idosas, os policiais sendo respeitados. Foi um ato cívico muito importante para São Paulo mostrar ao Brasil a civilidade deste Estado e as pautas constitucionais”, disse.

A vereadora Tiemi Nevoeiro (Republicanos), que também compareceu ao evento, declarou que “foi uma manifestação bonita de se ver, é uma causa que o Brasil está lutando, é a anistia das pessoas que participaram do 8 de janeiro, mas de maneira que não foi depredado como a galera da esquerda e MST depredou em 2017 no Governo Temer. Houveram sim alguns vândalos, mas esses não foram punidos. Estamos em busca de anistia às pessoas que eram réus primários. Tudo bem, escreveu lá na estátua, mas nada justifica os 14 anos de prisão”, afirmou.

O vereador Dalberto Christofoletti (PSD), entre os que citaram o assunto ontem, foi o único a fazer um contraponto. “Embora a gente respeite a livre manifestação, mas colocar que não há a menor condição de se pedir anistia por pessoas que defenderam golpe de Estado em nosso Brasil, que defenderam o término da democracia. Se estamos numa casa de leis, é por que a democracia foi mantida. Como vamos anistiar justamente as pessoas que estavam lutando para que isso não fosse uma democracia?”, questionou.

O argumento do parlamentar gerou até mesmo insatisfação dentro do partido. O líder da bancada, Elias Custódio (PSD), tentou “acelerar” o tempo de fala de Dalberto, para que seu discurso terminasse logo – demonstrando não concordar com o colega de legenda. “Você está de brincadeira, né, Dalberto?”, ironizou. A manifestação de Dalberto também gerou incômodo nos demais parlamentares, que retrucaram a opinião e um longo debate ocorreu no plenário, com direito a Rafael Andreeta (Republicanos) citar episódio do Gaeco contra Dalberto, assim como Moisés.

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