56% dos brasileiros rejeitam anistia a envolvidos nos atos de 8 de janeiro, aponta pesquisa Quaest

Um levantamento da Quaest, divulgado neste domingo 6, revela que 56% da população brasileira é contrária à anistia para os participantes dos ataques às sedes dos Três Poderes, ocorridos em 8 de janeiro de 2023. Apenas 34% se manifestaram favoráveis à soltura dos envolvidos, enquanto 10% não souberam ou preferiram não responder.

A pesquisa foi encomendada pela Genial Investimentos e ouviu 2.004 pessoas entre os dias 27 e 31 de março. A margem de erro é de dois pontos percentuais, com nível de confiança de 95%.

Divisão por eleitorado

O estudo também analisou a opinião dos entrevistados de acordo com o voto no segundo turno da eleição presidencial de 2022:

  • Entre os eleitores de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), 77% se opõem à anistia, e 15% são favoráveis.
  • Já entre os que votaram em Jair Bolsonaro (PL), 61% defendem o perdão, e 32% são contra.
  • Entre os que anularam o voto, votaram em branco ou não compareceram às urnas, 53% são contra a anistia, e 31% são a favor.

Envolvimento de Bolsonaro nos atos

A pesquisa também investigou a percepção popular sobre o possível envolvimento do ex-presidente Jair Bolsonaro no planejamento dos ataques de 8 de janeiro:

  • 49% acreditam que ele participou da organização dos atos.
  • 35% afirmam que ele não teve envolvimento.
  • 16% não souberam ou não quiseram responder.

Avaliação sobre decisão do STF

O Supremo Tribunal Federal (STF) tornou Bolsonaro réu por tentativa de golpe de Estado, e a pesquisa também mediu a opinião dos brasileiros sobre essa decisão:

  • 49% consideram justa a decisão da Corte.
  • 36% avaliam como injusta.
  • 12% não souberam ou preferiram não opinar.

Corte por voto no segundo turno:

  • 80% dos eleitores de Lula consideram a decisão do STF justa.
  • Entre os eleitores de Bolsonaro, apenas 16% compartilham dessa avaliação.
  • No grupo que votou branco, nulo ou se absteve, 51% apoiam a decisão do STF, 30% são contrários e 19% não responderam.

A pesquisa traz à tona o cenário de polarização política no Brasil e reforça a divisão entre os grupos eleitorais diante das consequências jurídicas e políticas dos atos antidemocráticos de janeiro de 2023.

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