Rogério Marinho faz propaganda por anistia a golpistas

Depois de defender a venda da Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern) e o fim do aumento real de salário mínimo dos servidores públicos, o senador potiguar e pré-candidato a governador Rogério Marinho (PL) usou as redes sociais para divulgar uma propaganda em defesa dos golpistas do 8 de janeiro de 2023.

Marinho chama a impunidade aos envolvidos na tentativa de golpe de Estado de “fazer justiça”. Além disso o senador convoca as pessoas para ato na avenida Paulista, em São Paulo, o qual denomina de “mutirão de solidariedade”.

“Nós estaremos todos juntos, irmanados nessa grande corrente a favor de fazermos justiça”, argumenta.

No vídeo, Rogério Marinho não cita que a trama na qual Bolsonaro e mais 36 pessoas foram indiciadas previa o assassinato, por tiro ou veneno, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.

Quem é Rogério Marinho

O senador potiguar é um dos principais nomes por trás da Reforma Trabalhista — aprovada em 2017 no governo Temer, tendo sido eleito senador pelo Rio Grande do Norte em 2022. Ele também foi ministro do Desenvolvimento Regional do governo Bolsonaro de fevereiro de 2020 a março de 2022.

Potiguares detidos em tentativa de golpe

Em março deste ano, o Supremo Tribunal Federal (STF) condenou mais um potiguar pelos atos do 8 de janeiro de 2023. Francisco Oliveira Germano, de 51 anos, atualmente mora em Itu (SP), mas foi identificado pela Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do Distrito Federal (Seape-DF) como sendo natural do Rio Grande do Norte.

Germano foi detido e conduzido à Polícia Federal, em 9 de janeiro de 2023, no interior do acampamento montado em frente ao Quartel General do Exército em Brasília.

Já Antonio Fidelis da Silva Filho, de 46 anos, morador da Zona Oeste de Natal, foi condenado em fevereiro a um ano de reclusão pela prática do crime de associação criminosa, com a pena privativa de liberdade sendo substituída pela pena restritiva de direitos.

Além deles, Cleodon Oliveira Costa já havia recebido uma pena de 13 anos e seis meses. Costa foi preso em flagrante pela Polícia Militar do Distrito Federal no interior do Palácio do Planalto, no instante em que ocorriam as depredações golpistas.

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