Menina de 13 anos volta a ser apreendida por suspeita de envolvimento em ataque a professora

A Polícia Civil apreendeu novamente, nesta quinta-feira (3), uma menina de 13 anos suspeita de envolvimento no ataque contra uma professora em Caxias do Sul, na Serra Gaúcha. A jovem havia sido ouvida e liberada, mas novas provas apontaram sua suposta participação no crime, levando o Judiciário a determinar sua internação a pedido do Ministério Público do RS (MPRS). Ela será encaminhada a uma unidade da Fase nas próximas horas.

Outros dois adolescentes, de 14 e 15 anos, já haviam sido apreendidos e foram transferidos para o Centro de Atendimento Socioeducativo Regional de Novo Hamburgo. Nos próximos dias, eles passarão por audiências de apresentação, onde serão ouvidos sobre suas trajetórias de vida e escolaridade. O processo tramita em segredo de justiça, mas a internação provisória deve ser concluída em até 45 dias.

Escola reforça segurança após ataque

A Escola Municipal de Ensino Fundamental João de Zorzi retomou as atividades nesta quinta-feira com reforço na segurança. Agentes da Guarda Municipal acompanharam a entrada dos alunos, enquanto a direção realizou uma reunião com pais e responsáveis para esclarecer os procedimentos adotados. Algumas mães solicitaram encontros mais frequentes com o corpo docente e apoio psicológico para os estudantes.

Os alunos que testemunharam o ataque fazem parte do turno da tarde e receberão atendimento pedagógico e psicológico especial na volta às aulas.

O crime

O ataque ocorreu na terça-feira (1º) na escola João de Zorzi, onde cerca de 160 alunos estavam presentes no momento da agressão. A professora sofreu ferimentos na cabeça, costas e pescoço, sendo socorrida ao Hospital da Unimed. Ela já recebeu alta e se recupera em casa.

— Estou bem, na medida do possível. Ainda em choque e tentando entender tudo que aconteceu — declarou a docente.

A Polícia Civil acredita que o ataque foi premeditado, pois câmeras de vigilância da escola foram destruídas antes do crime. Segundo o delegado Cavalheiro Neto, as investigações apontam para um possível ato de retaliação, já que a mãe de um dos adolescentes envolvidos teria sido chamada à escola por conta do comportamento do filho no dia anterior ao ataque.

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