“Há chance de homicídio, mas só a perícia vai dizer”, diz secretário de Justiça

Carla Gobbi foi morta a facadas em uma loja na Glória por Wenderson Rodrigues de Souza.

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– Divulgação

O acusado de matar a facadas a vendedora Carla Gobbi Fabrette, de 25 anos, no último dia 10, em uma loja na Glória, Wenderson Rodrigues de Souza, que estava preso desde o dia 14 e morreu domingo, pode ter sido assassinado. A afirmação foi feita ontem pelo secretário de Estado da Justiça, Rafael Pacheco.“Tem um perito dizendo que tem uma lesão distinta daquela que ele deu entrada no sistema prisional. Portanto, isso pode ser um indicativo de que houve homicídio. Quem é que tem que dizer se houve homicídio? A Polícia Civil, só a perícia vai dizer. Seria muita pretensão para a gente substituir o delegado, tanto que ninguém é preso em flagrante”, afirmou.O corte a que Pacheco se refere foi um que Wenderson fez no próprio pescoço, momentos depois de esfaquear a vítima. De acordo com o secretário, o acusado estava em uma cela com mais sete detentos, presos por crimes previstos na Lei Maria da Penha e patrimoniais.A Sejus divulgou nota informando que o fato foi registrado na manhã de domingo no Centro de Detenção Provisória de Vila Velha. E ressaltou que a causa da morte vai seguir sob investigação da Polícia Civil, com o acompanhamento do Serviço de Inteligência Prisional.Acusado de matar a vendedora Carla Gobbi Fabrette, de 25 anos, Wenderson Rodrigues escolheu a vítima aleatoriamente, mas premeditou a motivação do crime 10 minutos antes de cometê-lo, de acordo com a Polícia Civil.A chefe da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Mulher (DHPM), delegada Raffaella Aguiar, disse, no dia 26, que a vítima foi escolhida de aleatoriamente e não tinha vínculo com o acusado.LESÃO NO PESCOÇO E MORTE A Polícia Científica identificou que a morte de Wanderson Rodrigues Sousa, de 30 anos, acusado de assassinar a vendedora Carla Gobbi Fabrette, 25, foi provocada por um ferimento que ele sofreu na região do pescoço.Em nota divulgada ontem, a Polícia Civil informou que o laudo cadavérico realizado no IML, em Vitória, apontou como causa da morte uma lesão perfurocortante na cervical esquerda, que resultou na lesão da artéria carótida comum esquerda (localizada no lado esquerdo do pescoço).“A lesão identificada pelo legista é um novo ferimento, distinto daquele autoinfligido no dia do crime”, informa a nota.Segundo a Polícia Civil, em um primeiro momento, a autoridade policial da Central de Teleflagrantes determinou a reintegração dos sete detentos que haviam sido conduzidos à 2ª Delegacia Regional de Vila Velha, “uma vez que, até o momento, não há indícios suficientes de que a morte tenha resultado de uma ação intencional.”O caso foi encaminhado à Delegacia de Crimes no Sistema Carcerário e Socioeducativo para o prosseguimento das investigações, que seguirão apurando todas as circunstâncias do ocorrido.De acordo com o secretário de Estado da Justiça, Rafael Pacheco, nenhum objeto perfurocortante foi localizado na cela onde estavam Wanderson e os outros sete detentos.

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