Comissão da Câmara identifica falhas graves no CAPS AD Zona Norte

A Comissão de Saúde da Câmara de Natal constatou graves deficiências no CAPS AD (Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas) Zona Norte durante visita técnica. O relatório revela que o Departamento de Infraestrutura da Secretaria Municipal de Saúde (DIFT-SMS Natal) não realiza manutenção na unidade há oito anos, com problemas como portas quebradas, fechaduras danificadas e falta de identificação adequada.  

“As paredes contam uma história de abandono. São oito anos sem uma única visita do DIFT para manutenção. Encontramos portas que não fecham, sifões estourados e até a placa de identificação caindo aos pedaços”, lamentou a presidente da comissão, vereadora Camila Araújo (União).

“O equipamento precisa urgentemente de reparos estruturais. A farmácia está com estoque zerado de medicamentos essenciais. Há carência de três psiquiatras, um psicólogo e um enfermeiro, além de faltar medicamentos essenciais na farmácia”, afirmou o vereador Luciano Nascimento (PSD), que questionou: “Como atender pacientes em crise nessas condições?”.

A irregularidade na habilitação da unidade gerou revolta entre os integrantes da comissão. “É um escândalo! O CAPS funciona como tipo 3, mas não é habilitado para isso, o que prejudica o andamento, porque o CAPS deixa de receber alguns recursos. É preciso realmente que a gente trabalhe em cima disso”, indignou-se o vereador Cleiton da Policlínica (PSDB).

O vereador Cláudio Custódio (PP) trouxe números contundentes. “Enquanto um CAPS 2 recebe R$50 mil mensais, um CAPS 3 teria direito a R$127 mil – essa diferença impacta diretamente na qualidade do serviço. Essa diferença explica a precariedade que vimos hoje”, explicou.

Segundo Luciano, a saúde mental tem que ser uma prioridade da Câmara de Natal. “A gente sabe que a depressão e a ansiedade são doenças que mais crescem e, essa semana, a gente aprovou um projeto de lei que autoriza a Prefeitura Municipal de Natal a criar um programa de apoio a criança ou adolescente com a depressão”, lembrou.

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