Com quatro décadas de magistério, professora de Muçum segue na sala de aula: ‘O aluno bom ainda faz valer a pena’

A professora Silvia Helena Pelegrini, 66 anos, já dedicou quatro décadas ao ensino, a segue ativa na sala de aula, acumulando histórias e marcando gerações de alunos. Natural de Roca Sales, mas moradora de Mussum desde 1977, ela começou sua trajetória no magistério, e depois buscou o aperfeiçoamento ao cursar Letras nos primórdios da Univates, ainda quando era Fundação Alto Taquari de Ensino Superior (Fuvates).

Ao longo da carreira, passou por diversas escolas municipais até se estabelecer no Colégio Estadual Souza Doca, onde leciona desde 1990. Para ela, a maior recompensa do magistério é o reconhecimento dos alunos. “É maravilhoso passar na rua e ser chamada de ‘profe’ com carinho, mesmo por aqueles que se formaram há 10, 15 anos”, destaca.

O ensino mudou muito ao longo desses anos, e Silvia percebe diferenças marcantes no comportamento dos estudantes. “Hoje há mais desatenção e falta de respeito. O celular atrapalhou bastante, mas com a nova lei que restringe o uso em sala de aula, já percebemos melhorias. O aluno agora te ouve e olha para você”, observa.

Apesar dos desafios, momentos especiais marcaram sua trajetória, como as homenagens recebidas ao ser escolhida ninfa de turmas do Ensino Médio. “Foi emocionante. São essas coisas que fazem valer a pena”, afirma. Para ela, a paixão pelo ensino permanece viva. “O aluno bom que ainda existe na sala de aula faz a vida da professora valer a pena.”

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