Moradora de Novo Hamburgo é atraída para a Índia e acaba morta

A morte de Katchucia Drielle Moesch Flores, moradora de Novo Hamburgo, na Índia, tem levantado suspeitas conforme a família. A jovem, de 29 anos, teria morrido em um acidente de trânsito no domingo (23), horas antes de embarcar de volta para o Brasil.

A colisão, conforme versão inicial, ocorreu quando ela estava a caminho do aeroporto, mas a família da vítima acredita que a morte não foi acidental, apontando que a colisão pode ter sido intencional.

Katchucia estava em um relacionamento com um homem indiano, com quem mantinha contato desde 2023. Segundo a mãe, o relacionamento foi marcado por manipulações e promessas de uma vida dos sonhos, o que levou Katchucia a viajar para a Índia em busca de um futuro ao lado do suposto parceiro.

No entanto, a viagem acabou se transformando em um pesadelo. A mãe da vítima relatou que, após chegar ao país, Katchucia foi agredida e mantida em cativeiro, com o marido e sua família vigiando constantemente seus movimentos.

O suposto autor da violência, Navjot Singh, teria manipulado a jovem para que se casasse com ele, com a promessa de ajudá-la a realizar seus sonhos. No entanto, segundo a família, o verdadeiro objetivo dele seria conseguir apoio para migrar para o Canadá, onde já tinha planos de se estabelecer.

A irmã de Katchucia acredita que a viagem foi um golpe premeditado, e que sua irmã foi forçada a se casar com Navjot.

A situação piorou quando a jovem ficou isolada na Índia e teve dificuldade em manter contato com a família. Ela relatou às pessoas próximas sobre os abusos sofridos, mas temia represálias do marido e, por isso, não conseguiu pedir ajuda a autoridades brasileiras.

A morte de Katchucia foi confirmada após uma colisão entre o veículo em que ela viajava e um caminhão. O marido da vítima e o motorista do carro sofreram apenas ferimentos leves.

A vítima, que se deslocava para o aeroporto para retornar ao Brasil, estava em uma viagem de cerca de seis horas entre as cidades de Rajpura e Amritsar. A família questiona os detalhes do acidente e teme que o corpo da jovem seja cremado antes de ser devolvido ao Brasil, dificultando o processo de despedida.

O Ministério das Relações Exteriores informou que a Embaixada do Brasil em Nova Délhi está prestando assistência à família, oferecendo orientações sobre o processo de traslado e os trâmites legais, mas destacou que os custos do traslado correm por conta da família, conforme a legislação brasileira.

Katchucia, natural de São Sebastião do Caí, era mãe de quatro filhos, que estão sob os cuidados da avó desde a sua partida para a Índia. A família pede ajuda para trazer o corpo de volta ao Brasil e dar à jovem a despedida digna que merece.

O caso segue em investigação, e a família espera que novas informações possam esclarecer as circunstâncias da morte de Katchucia.

Fonte: Jornal NH

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