O novo secretário de Saúde do Rio Grande do Norte, Alexandre Motta, afirmou nesta quinta-feira 20 que a redução do ICMS de 20% para 18%, em 2024, tirou o equivalente a dois meses e meio de receita do sistema de saúde pública potiguar.
Em um vídeo publicado nas redes sociais, Motta declarou que a redução do imposto frustrou a receita da saúde em cerca de R$ 132 milhões. “Alguém tem ideia do que isso significa, do ponto de vista de serviços? Ora, isso foi aproximadamente dois meses e meio de receita que a saúde perdeu para gerir os seus hospitais e os seus serviços”, afirmou o secretário.
Nesta quinta-feira, a alíquota modal do ICMS do RN volta a 20%, após passar um ano e quase três meses em 18%. O aumento do índice foi defendido pelo Governo do Estado e aprovado na Assembleia Legislativa por maioria de votos no fim do ano passado. Desde então, a oposição tem feito duras críticas à governadora Fátima Bezerra (PT).
“Quando as pessoas dizem que são contra o imposto, tem que lembrar que o imposto paga o salário do senador, mas também paga o salário do médico do Samu, da enfermeira do Walfredo, dos profissionais da saúde que hoje atuam em todos os recantos desse estado. O imposto pode ser ruim, mas o seu resultado, a sua aplicação, é uma coisa boa quando bem feita”, declarou o secretário de Saúde.
Médicos ameaçam parar no Walfredo
Como mostrou o AGORA RN, médicos que trabalham na UTI do Hospital Walfredo Gurgel deram até terça-feira 25 para que o Estado pague uma parte dos salários atrasados. São seis folhas em aberto. A categoria disse que, se o pagamento não for efetuado na data estabelecida, eles vão paralisar atividades. Nesta quinta-feira, a Secretaria de Saúde disse que “mantém negociações” com a empresa prestadora de serviço e busca efetuar o pagamento até a próxima terça-feira 25, evitando assim a paralisação. “A gestão está adotando todas as medidas cabíveis e urgentes para garantir a continuidade dos serviços essenciais”, diz a nota.
