Ex-nadadora é eleita primeira mulher a comandar o Comitê Olímpico Internacional

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– Divulgação/Instagram

Kirsty Coventry, ex-nadadora, campeã olímpica e ex-ministra do Esporte do Zimbábue, será a próxima presidente do COI (Comitê Olímpico Internacional). É a primeira mulher a dirigir a maior entidade do esporte mundial, responsável pelas Olimpíadas.Nome preferido do atual presidente, o alemão Thomas Bach, Coventry, 41, dona de dois ouros olímpicos, foi eleita em um único turno de votação nesta quinta-feira (20), em Costa Navarino, na Grécia, em uma demonstração de força não projetada pelos analistas. De um total de 97 votos possíveis, ela alcançou exatamente o necessário para vencer a disputa, 49.Ela bateu seis homens na disputa, incluindo o ex-atleta e executivo de Londres-2012, Sebastian Coe, e Juan Antonio Samaranch, filho do dirigente que fez história nos anos 1980 e 1990 tornando os Jogos Olímpicos um negócio de bilhões de dólares. O inglês, apontado como favorito pelo imprensa britânica, alcançou apenas 8 votos, contra 28 de Samaranch.Também participaram da eleição e receberam votos o príncipe jordaniano Feisal Al Hussein (2), o presidente da UCI, a federação internacional de ciclismo, David Lappartient (4), Johan Eliasch (2), presidente da federação de esqui e snowboard, e Morinari Watanabe (4), principal dirigente da federação de ginástica.”Estou incrivelmente honrada e animada por ter sido eleita presidente do COI. Quero agradecer sinceramente aos meus colegas de comitê por sua confiança e apoio. A jovem que começou a nadar no Zimbábue, há tantos anos, jamais poderia ter sonhado com este momento”, disse Coventry, logo após o anúncio de sua vitória.”Estou particularmente orgulhosa por ser a primeira mulher presidente do COI e também a primeira da África. Espero que esse voto sirva de inspiração para muitas pessoas. Limites foram superados hoje, estou plenamente consciente de minhas responsabilidades como modelo.”Coventry, medalha de ouro nos 200 m costa em Atenas-2004 e Pequim-2008, ganhou ainda quatro pratas e um bronze, fato inédito para uma atleta vinda do continente africano. Poucos anos depois das piscinas, assumiu um posto na Comissão de Atletas do COI, presidindo o grupo entre 2018 e 2021, fazendo parte do pequeno círculo de comando montado por Bach.”Não há dúvida de que o futuro do nosso Movimento Olímpico é brilhante e que os valores que defendemos continuarão a nos guiar nos próximos anos”, disse o atual presidente, ao lado da sucessora, logo após anunciar o resultado do pleito.

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