PF prende 27 suspeitos de dar apoio a fugitivos de presídio em Mossoró

A Polícia Federal (PF) deflagrou uma operação na manhã desta terça (11) com mandados de busca e apreensão contra suspeitos de prestarem apoio à fuga dos dois fugitivos da Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, ocorrida no ano passado. Ao todo, 27 pessoas foram presas, de forma preventiva ou temporária.

A operação conta com mais de 200 policiais que cumprem também 31 mandados de busca e apreensão, expedidos pela Unidade Judiciária de Delitos de Organização Criminosa do Rio Grande do Norte (UJUDOCRIM), nas cidades de Natal, Mossoró, Baraúna, Assú, Pedro Avelino, Aquiraz/CE e Rio de Janeiro/RJ, além do bloqueio judicial de 32 contas bancárias que visam o congelamento de até R$ 22,5 milhões de patrimônio dos investigados.

A Operação Red Dots tem o objetivo de reprimir crimes praticados no Rio Grande do Norte por integrantes de uma facção criminosa originária do Rio de Janeiro. As investigações tiveram início com a identificação de membros da facção que teriam prestado apoio após a fuga de dois presos da Penitenciária Federal de Mossoró, em fevereiro de 2024. 

Naquela ocasião, os levantamentos obtidos apontaram para a prática de outros crimes, demandando a instauração de inquérito policial com o propósito específico de mapear os integrantes da facção com atuação no RN.

De acordo com a PF, como resultado, foram reunidas evidências da prática dos crimes de organização criminosa armada, tráfico de drogas e de armas, lavagem de dinheiro, tortura e homicídio. 

Foragidos recapturados | Foto: reprodução

Fuga inédita

A fuga do presídio de Mossoró, protagonizada por Deibson Cabral Nascimento e Rogério da Silva Mendonça, originários do Acre, foi inédita. Foi a primeira vez em 17 anos que se registrou a fuga de presidiários no Sistema Penitenciário Federal, responsável pela custódia das principais lideranças criminosas. Até então, nunca havia ocorrido fuga, rebelião ou entrada de materiais ilícitos em qualquer uma das cinco unidades com essa finalidade no país. Eles só foram recapturados 50 dias depois, em 4 de abril, em Marabá, no Pará. Em dezembro, foram transferidos para a Penitenciária de Catanduvas (PR).

Ministro descartou novas fugas

No mês passado, quando a fuga completou um ano, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, apresentou um balanço das ações implementadas após o caso e descartou novos episódios de fuga no Sistema Penitenciário Federal.

“O episódio foi isolado. Tenho a convicção de que foi a única e a última fuga no Sistema Penitenciário Federal, e o nosso compromisso não é apenas garantir a segurança, e também a higidez das nossas cinco unidades federais, mas de todas as prisões do país”, afirmou.

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