Com reajuste sob impasse, Sinte realiza ato durante visita de ministro ao RN

O Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Rio Grande do Norte (Sinte/RN) realizou um ato público durante a visita ministerial de Camilo Santana, que comanda o Ministério da Educação (MEC). A categoria, em greve desde o dia 25 de fevereiro, convocou a manifestação para chamar a atenção do MEC sobre o impasse no pagamento do piso do magistério e do plano de carreira dos trabalhadores da educação.

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A Justiça estadual acatou um pedido do Ministério Público Estadual para que o Estado suspensa o pagamento dos reajustes aos trabalhadores da Educação, incluindo o retroativo de 2023 e 2024. O Governo fez uma proposta inicial, rejeitada pela categoria, e aguarda o desfecho do imbróglio judicial para dar sequência às negociações.

Segundo o diretor de Organização da Educação Infantil do Sinte/RN, Ekeoma Santos, o objetivo do ato foi “visibilizar a luta dos trabalhadores e das trabalhadores da educação do Rio Grande do Norte, em defesa do plano de carreira dos funcionários e em defesa pela atualização do piso nacional do magistério, que é 6,27%”. 

A continuidade da greve foi aprovada pelo Sinte na última sexta-feira (07), em assembleia.

Ekeoma afirma que o Sinte pretende denunciar a “falta de negociação por parte do Governo do Estado, pela interferência do Ministério Público [MPRN] nessa instância”. Ele afirma que o Sinte/RN espera contar com o apoio do MEC para viabilizar as reivindicações da categoria.

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A categoria recusou a proposta do Governo do Estado de pagar o reajuste do piso dos professores de 6,27%, relativo a 2025 dividido em duas parcelas, sendo 2% em março e 4,27% em dezembro deste ano. Os professores pedem o pagamento integral dos 6,27% do piso já em março.

As aulas na rede estadual de ensino começaram no dia 10 de fevereiro, mas ficaram paralisadas em todo o RN a partir do dia 25.

“Estamos abertos para que o governo apresente uma proposta, mas nós não abrimos mão dos 6,27 [de reajuste] na carreira dos trabalhadores e das trabalhadoras da educação do magistério”, frisa Ekeoma. 

Na sequência, o Sindicato irá realizar outras atividades. Para a agenda de hoje, conta Ekeoma, diversas caravanas e delegações de todas as regionais do estado vieram. As outras atividades incluem visita a escolas, ato na governadoria, nesta terça-feira (11) e assembleia no dia 17.

“Pressionando o governo para que venha a apresentar uma proposta, que chame a comissão de negociação para o diálogo”, diz o diretor.

Ainda segundo ele, a última proposta do governo não atendeu às expectativas dos trabalhadores.

“Aquilo que foi apresentado é insuficiente, porque a gente entende que não atende o nosso anseio e também nós já fomos frustrados, […] negocia parcelas e depois vem o próprio Ministério Público e pede a ilegalidade do mesmo”, diz ele.

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