Eleições 2026: PSOL deve começar debate sobre candidaturas em abril no RN

O PSOL ainda não possui conversas sobre possíveis candidaturas ao Governo do Rio Grande do Norte ou ao Senado para 2026, mas deve começar os debates internos por volta de abril, segundo o presidente estadual da legenda, o ex-deputado estadual Sandro Pimentel.

A última reunião do Diretório Estadual ocorreu em dezembro. Já no próximo encontro, as candidaturas majoritárias serão um dos pontos, mas não o único. O partido deve avaliar também a conjuntura internacional, nacional e local, com o Governo Fátima. Pimentel diz que esse processo de discussão não será feito com pressa:

“O PSOL, diferente de muitos partidos, não sobrevive da política eleitoral. A gente entende a política como algo muito mais amplo. A política eleitoral é apenas um pilar dessa política mais ampla. Vários partidos quando terminam a eleição já sabem quem vai ser candidato para a próxima. A gente não tem essa pressa. A eleição é em 2026 ainda. A gente começou 2025, então muita coisa pode acontecer, mas eu posso garantir que em abril a gente vai retomar as reuniões do Diretório Estadual”, explica.

Ainda assim, o dirigente partidário afirma que para o PSOL é sempre importante ter candidaturas próprias. 

“Se eu fosse agora tentar ultrapassar as discussões, eu diria que o PSOL vai ter candidatura própria. Mas eu não posso garantir isso, porque pode ser que não venha a ter.”

Pela direita, se movimentam nomes para o governo como o do ex-prefeito Álvaro Dias (Republicanos), do senador Rogério Marinho (PL) e do prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (UNIÃO). Já a governadora Fátima Bezerra (PT) deve concorrer ao Senado em 2026, e o PT vai indicar o secretário estadual da Fazenda, Carlos Eduardo Xavier (PT), para a sua sucessão. 

Sobre a postulação de Cadu Xavier, o dirigente partidário classifica como uma “incógnita”. Sandro diz que poderia avaliar o seu trabalho como secretário, mas não como pré-candidato, por nunca ter concorrido numa eleição ou ter assumido algum cargo.

“Não tenho como analisar agora o que ele pensa. Eu não vi uma construção programática dele, eu não vi nada”, diz.

Se o PSOL ainda não definiu a tática eleitoral para o ano que vem, algo já é certo:

“O PSOL jamais vai apoiar candidaturas alinhadas com a direita. Jamais. Isso a gente pode definir. Para além disso, não tem como. É a discussão interna que vai dizer”, aponta Pimentel.

Diferenças em 2024

Em 2024, o PSOL viveu uma disputa interna sobre lançar ou não candidatura própria para a Prefeitura de Natal. Uma parte da legenda lançou a pré-candidatura da pedagoga Camila Barbosa, enquanto outra parcela (incluindo Sandro) preferiu o apoio à Natália Bonavides. Essa tática saiu vitoriosa após uma intervenção da executiva nacional do Partido:

“O PSOL é um partido vivo. É um partido que não tem dono. Por isso que as discussões são amplas, às vezes acaloradas, mas muito democráticas e respeitadas pela base. Tanto é que, depois que ficou definido pelo conjunto dos filiados e filiadas na convenção municipal que nós apoiaríamos Natália, foi todo mundo para a rua apoiar Natália. Ou com alegria, ou sem muita alegria, mas foi”, explica o dirigente.

“As duas táticas eleitorais estavam corretas em suas respectivas visões. O campo que defendia de candidatura própria estava certo naquilo que defendia, com todos os seus argumentos. E o campo que defendia apoiar Natália também estava certo com todos os seus argumentos”, aponta. 

Para ele, o que houve não foi uma “divisão”.

“Isso é a pluralidade das ideias e o exercício do processo democrático”, diz Sandro.

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