Floresta de alimentos: projeto sustentável vai impactar 3 mil pessoas no RN e CE

Um projeto dedicado à promoção da agricultura familiar sustentável com duração de três anos e impacto previsto na vida de mais de 3 mil pessoas. Esse é o Floresta de Alimentos, iniciativa lançada em Carnaubais, município distante 214 quilômetros de Natal.

Idealizado pela Diaconia e o Centro de Trabalho, Educação e Reforma Agrária (Cetra), o projeto conta com o apoio da Petrobras e contempla diversas comunidades de municípios do Rio Grande do Norte e do Ceará.

No Rio Grande do Norte, a iniciativa vai ocorrer em parceria com os Sindicatos dos Trabalhadores/as Rurais dos Municípios de Mossoró, Carnaubais, Areia Branca, Alto do Rodrigues e Natal; e no Ceará, nos municípios de Acaraú, Paracuru, Paraipaba, Trairi, Fortaleza e Itapipoca.

Proteção

Baseado na agroecologia, o Floresta de Alimentos é dedicado, principalmente, à proteção e fortalecimento da agrosociobiodiversidade. O conceito engloba tanto a preservação do meio ambiente quanto dos conhecimentos dos povos tradicionais do campo, como indígenas, quilombolas, pescadoras/es, marisqueiras/os e famílias agricultoras.

O projeto contempla ainda a implementação de tecnologias sociais, como o sistema de reaproveitamento da água da pia e do chuveiro para aguar plantas (RAC – Reuso de Águas Cinzas) e de fogões ecológicos, versão diferenciada do fogão à lenha tradicional com redução de madeira e da poluição por fumaça na cozinha.

Em tempos de crise climática, o projeto objetiva fortalecer e criar corredores ecológicos, capturar gás carbônico da atmosfera, proteger nascentes de água, ao mesmo tempo em que favorece a segurança alimentar para as pessoas e outros seres vivos.

Mudanças climáticas

Coordenadora do projeto na Diaconia, Risoneide Lima indica que o principal objetivo do Floresta de Alimentos é contribuir para a mitigação das mudanças climáticas no semiárido potiguar e cearense.

“O Floresta de Alimentos busca fortalecer as capacidades das comunidades e territórios tradicionais para a gestão sustentável dos seus agroecossistemas e para a convivência com o semiárido, consolidando a bioeconomia solidária como estratégia para a redução do desmatamento, da recuperação de áreas degradadas, da restauração florestal, do sequestro e estoque de carbono, da conservação dos mananciais hídricos e da proteção da agrosociobiodiversidade”, explica.

Geração de renda e recuperação ambiental

Agricultoras do Floresta de Alimentos em ação do projeto em Itapipoca-Ce / Foto: CETRA

Uma das principais estratégias do projeto são os SAFs: sistemas agroflorestais ou simplesmente Florestas de Alimentos. Essa forma de agricultura sustentável aumenta a produtividade dos solo e melhora a captação de água. Isso é possível com a proteção do solo, por meio do cultivo de árvores e plantas adubadeiras e nativas na mesma área de culturas tradicionais, como o milho, feijão, arroz, frutas e hortaliças.

“Os sistemas agroflorestais e agroecologia, por meio do projeto Floresta de Alimentos, no Rio Grande do Norte, irão contribuir em diversos aspectos socioeconômicos e ambientais. Entre eles podemos citar a segurança alimentar e nutricional, a geração de renda e autonomia das famílias beneficiárias, a recuperação ambiental e a conservação do solo nas áreas onde serão desenvolvidas as ações com os sistemas agroflorestais. Dessa forma, tanto o SAF quanto a agroecologia melhorarão a qualidade de vida das comunidades beneficiadas pelo projeto”, conclui a coordenadora.

The post Floresta de alimentos: projeto sustentável vai impactar 3 mil pessoas no RN e CE appeared first on Saiba Mais.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.