Álvaro Dias quer “desviar atenção do rombo bilionário”, diz Mineiro

O deputado federal Fernando Mineiro (PT) saiu em defesa da governadora Fátima Bezerra (PT), que tem sido alvo de ataques do ex-prefeito de Natal, Álvaro Dias (Republicanos). Para o petista, as investidas do ex-gestor à chefe do Executivo do Rio Grande do Norte são motivadas pela tentativa de “desviar a atenção” do “rombo bilionário que deixou na Prefeitura [de Natal]”.

Mineiro disse que Álvaro está “isolado em seu grupo” e ataca a governadora “para aparecer”. “É risível ele querer responsabilizar Fátima pelos dados que estão no Relatório de Transição que foi assinado pela ex-secretária de Planejamento da gestão dele e sua indicada para vice de Paulinho Freire”, escreveu, em referência à vice-prefeita Joanna Guerra (Republicanos).

Álvaro Dias responsabilizou Fátima por “plantar notícias falsas” sobre dívida apontada em relatório da equipe de transição coordenada pela vice-prefeita Joanna Guerra. Foto: Divulgação

Em entrevista a uma rádio local na última sexta-feira (28), Álvaro Dias disse que a equipe de transição, coordenada pela vice-prefeita Joanna Guerra, havia “superfaturado” o valor da dívida deixada pela gestão dele para o prefeito Paulinho Freire (União Brasil).

De acordo com o relatório da equipe de transição entregue ao Tribunal de Contas do Estado (TCE-RN), o rombo deixado pelo ex-prefeito foi de R$ 862,9 milhões.

Apesar de a equipe de transição ter sido nomeada pelo próprio Álvaro Dias e pelo prefeito Paulinho Freire, o ex-prefeito acusou a governadora Fátima Bezerra de “comandar um sistema” que seria responsável por “plantar notícias falsas sobre dívidas” para “descaracterizar” a gestão dele.

Mineiro afirmou que, depois do carnaval, mostrará que o “relatório errou para menos” e, em relação aos restos a pagar, “os números reais são maiores”.

Além da dívida de R$ 862,9 milhões, o relatório da equipe de transição também apontou a existência de 46 obras paralisadas ou inacabadas, um débito previdenciário de R$ 242,4 milhões e uma dívida fundada interna de R$ 483,3 milhões, sendo R$ 366,1 milhões em operações de crédito e R$ 117,2 milhões em parcelamentos tributários, cujos descontos são aplicados no Fundo de Participação dos Municípios (FPM).

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