A escolha pela vida

Cada pessoa dotada de consciência de liberdade passa a vida fazendo incessantes escolhas de como quer construir-se ou destruir-se: um dos momentos mais evidentes desta condição natural à espécie chega com o Carnaval.Escolher viver ou morrer – e gerar sequelas e outros óbitos – é o contexto enfrentado agora por quem vai viajar pelas rodovias, levando em alta conta o perfil coletivista do veículo automotor pois o erro é multiplicado.Como fator complicador, a presunção de ser um cidadão “melhor” migra do ensino-aprendizagem de virtudes e passa ao engano de possuir o mais veloz e furioso “possante”.Na hipotética “escadinha” do convívio, se há escassa moralidade (critérios pessoais) e raríssima ética (combinação de existência), restam a aplicação da lei e o árduo trabalho da Polícia Rodoviária Federal, a PRF.Para a população mal-educada , resta a repressão como forma de reduzir as estatísticas grená deste período de grande fluxo. Não se deve esperar por São Cristóvão, quando 8 mil quilômetros precisam de vigilância e punição, pois os radares não dão conta e podem des-educar, pois os “pilotos” aceleram quando sentem-se à vontade.Excesso de velocidade, “campeão”; ultrapassagem indevida em faixa contínua, “vice”; são causas de sofrimento, misturando-se lágrimas a drogas alcóolicas.Diante de um cenário tão cheio de complexidades, não é difícil verificar o quanto a volta das ferrovias poderiam contribuir, dada a segurança do transporte das locomotivas, dificilmente envolvidas em acidentes.Como o mundo nem sempre é implacável e permite alívio em suas contradições, o recente aumento no custo dos combustíveis pode manter entre 10% e 15% a escalada de automóveis entre segunda 24 e dia 5.Noves fora, a questão central e decisiva permanece a mesma de sempre; quem quer viver e proteger o outro que dirige, faz revisão de viagem, dorme antes de pegar o volante e respeita as regras de bom convívio.
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