Com novo nome, ex-ator da Globo se converteu ao Islamismo após viagem ao Paquistão

No ar como Xavier na reprise de “História de amor”, Ricardo Petraglia conta que a novela marcou profundamente sua carreira e que, até hoje, três décadas depois, ainda é reconhecido pelo personagem. Ele comenta a parceria com Manoel Carlos, autor da trama.

— O Manoel é o responsável pela minha volta à TV depois de algum tempo. Eu o conheço desde criança. Ele era amigo da minha mãe. Um dia, estava no banco e nos encontramos. Ele perguntou: “Você está fazendo o quê?”. Aí me convidou para a novela. Depois, ainda fiz “Por amor” com ele. Até hoje as pessoas me param na rua para falar do Xavier — diz.

O último trabalho de Petraglia na televisão foi há dez anos, em “Os Dez Mandamentos”, da Record. Atualmente, ele afirma estar aposentado da carreira de ator e garante não sentir vontade de voltar a trabalhar:

— Eu fiquei velho. Não tenho mais paciência para estupidez de diretor. É uma rotina muito cansativa. Só voltaria se tivesse realmente uma proposta muito boa financeiramente. Aí eu faria uma série de exigências e, caso topassem, tudo bem.

O ator vive há alguns anos em um sítio em Xerém, distrito de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense:

— Moro com a minha mulher, Marília, por quem sou muito apaixonado, e com nossos três cachorros. É uma rotina bastante tranquila.

Já há algum tempo, ele se dedica ao ativismo pela descriminalização da maconha:

— Se Deus fez a planta, quem somos nós para criticar a obra? Sou a favor da descriminalização total, não só para fins medicinais. Não me incomodo em falar sobre esse assunto ou em sofrer qualquer tipo de preconceito. Desde que comecei a fazer teatro, nos anos 1970, e depois na televisão, sempre que estive em cena estava chapado (risos).

Há cerca de um ano, ele passou por uma transformação importante: a conversão ao islamismo.

— Fui para o Paquistão em março do ano passado. Lá, me encontrei com a fé muçulmana. Me converti ao islamismo. Adotei o nome de Mohammed Abdullah, que foi sugerido por um grande amigo meu, uma espécie de padrinho nesta nova jornada — lembra.

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