Marcelo Arruda: testemunhas do júri confirmam que atirador citou Bolsonaro

Julgamento deve se estender até quinta-feira. Foto: Divulgação

O aguardado júri do ex-policial penal Jorge Guaranho teve início às 10h24 desta terça-feira, dia 11, em Curitiba. Pamela Suelen da Silva, companheira do guarda municipal e ex-tesoureiro do PT, Marcelo Arruda, foi a primeira testemunha chamada para depor.

Clique aqui e receba notícias no seu WhatsApp!

Pela manhã, ela respondeu a perguntas do Ministério Público (MP) e no início desta tarde os questionamentos dos advogados de defesa. A expectativa é a de que o julgamento se arraste até quinta-feira.

Em depoimento às promotoras Ticiane Louise Santana Pereira e Roberta Franco Massa, Pamela relatou com detalhes o que aconteceu na noite do dia 9 de julho de 2022, quando Guaranho invadiu a sede da Associação Recreativa e Esportiva de Segurança Física de Itaipu (ARESF), onde era realizada a festa do aniversário de 50 anos de Marcelo.

Ela disse ter ouvido Guaranho gritar “Bolsonaro” e quando ele retornou ao local armado, Pamela chegou a dizer que ela era policial, mas não conseguiu evitar que a festa fosse invadida e os disparos da arma de Guaranho atingissem Marcelo.

Pamela ainda disse que Guaranho continuou atirando mesmo depois de Marcelo ter sido atingido. No depoimento, ela também confirmou que Arruda não havia ingerido álcool no dia da festa, como comprovaram os exames toxicológicos.

O Conselho de Sentença é formado por sete pessoas, das quais são quatro mulheres e três homens, sorteados e escolhidos de um grupo formado por 25 jurados convocados.

Ao todo, foram arroladas oito testemunhas e três peritos.

Vigilante diz ter ouvido “aqui é Bolsonaro”

Apesar de o julgamento estar sendo realizado em Curitiba, cinco pessoas foram convocadas para ser ouvidas em Foz do Iguaçu por videoconferência.

Os depoimentos, na sala de audiências no Fórum de Foz do Iguaçu, começaram logo após a finalização do interrogatório de Pamela. Advogados de defesa e de acusação de ambas as partes acompanham as declarações.

Foram convocados para prestar depoimento: Daniele Lima dos Santos, vigilante que fazia ronda nas proximidades da ARESF; Wolfgang Vaz Neitzel; e Edemir Riquelme Gonsalvez, amigos de Arruda presentes no aniversário.

No depoimento, Daniele confirmou que Guaranho entrou de carro no local da festa gritando. “Aqui é Bolsonaro”.

Também serão ouvidos na condição de testemunhas de defesa: Márcio Jacob Müller, que teve acesso às imagens do aniversário que ocorria na ARESF; e Alexandre José dos Santos.

Réu está em prisão domiciliar

Acusado de homicídio duplamente qualificado por motivo fútil associado à violência política, Guaranho trabalhava na Penitenciária Federal de Catanduvas. A tese da defesa é demonstrar que o crime não teve motivação política. Em regime de prisão domiciliar, ele mora em Foz do Iguaçu e usa tornozeleira eletrônica.

Adiado três vezes e cancelado em abril do ano passado, após os advogados do réu abandonarem a sessão, o local do júri foi transferido de Foz do Iguaçu para Curitiba a pedido da defesa. Os defensores alegaram que o corpo de jurados de Foz não teria imparcialidade para tratar do caso, em razão da comoção social causada pelo crime.

Vc lê o H2 diariamente? Assine o portal e ajude a fortalecer o jornalismo!

O post Marcelo Arruda: testemunhas do júri confirmam que atirador citou Bolsonaro apareceu primeiro em Últimas Notícias de Foz do Iguaçu e Região – H2FOZ.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.