Vereadores cobram retorno da Linha 2 e subsídios para transporte em Parnamirim

Os vereadores de Parnamirim cobraram, durante sessão ordinária desta quinta-feira 6, a reativação da Linha 2 do transporte público, que atendia aos bairros Emaús, Jardim Aeroporto e Parque Industrial, e foi suspensa. Os parlamentares também defenderam a necessidade de subsídios municipais para viabilizar a operação das linhas de ônibus na cidade.

O vereador Jonas Godeiro (Avante) afirmou que o problema persiste há mais de dois anos e que a população sofre com a falta de transporte. “A gente precisa ter uma resolutividade da questão. A população precisa se deslocar de Emaús para o centro, para Cohabinal, Santos Reis, Bela Parnamirim, Passagem de Areia, e não tem transporte público”, disse. Ele também criticou a falta de resposta da prefeitura e cobrou ações da prefeita Nilda.

A paralisação da Linha 2, segundo os vereadores, ocorreu por falta de rentabilidade para a empresa operadora. “Se a linha não tem rentabilidade, o município deve subsidiar ou abrir nova licitação”, afirmou Jonas.

O vereador Gabriel César (PL) também apontou essa questão. “Os permissionários reclamam que há muitas gratuidades e, por isso, a operação se torna inviável. Uma alternativa é que a prefeitura subsidie essas gratuidades”, sugeriu.

O vereador Léo Lima (Podemos), ex-cobrador de ônibus na cidade, reforçou que o problema do transporte público em Parnamirim é histórico. “A Trampolim operou a Linha 2, mas parou por falta de rentabilidade. A melhor solução pode ser dividir a linha em dois trechos, um saindo do Parque Industrial e outro de Bela Vista, ambos indo para o Centro”, disse.

Já o vereador Michael Diniz (PL) afirmou que a desativação da Linha 2 aconteceu por decisão da gestão municipal anterior. “A Linha 2 foi suspensa pelo Coronel Marconi, então não foi apenas uma retirada da empresa. A Trampolim tem interesse em retomar a operação, mas precisa de condições viáveis”, disse.

Ele também destacou o aumento dos custos para as empresas. “No passado, um litro de diesel custava R$ 0,25 e a passagem era R$ 0,50. Hoje, para manter a proporção, a passagem teria que custar entre R$ 12 e R$ 13”, explicou.

PASSE LIVRE. O vereador Michael Borges (PP) defendeu que o município estude a implementação do passe livre para estudantes. “Já houve um projeto na Câmara para custear 100% do transporte público, mas não chegou a ser votado. Se o município já tivesse recursos para bancar tudo, pelo menos parte poderia ser subsidiada agora”, afirmou.

DESAFIOS DA NOVA GESTÃO. A líder do governo na Câmara, Rhalessa de Clênio (SDD), reconheceu que a gestão tem desafios a enfrentar, mas destacou que a prefeitura está buscando soluções.

“Temos 37 dias de gestão e sabemos que não há como resolver tudo imediatamente, mas estamos trabalhando para estabelecer um planejamento eficiente. Podemos, inclusive, convidar o secretário Givanildo para discutir a questão na Câmara”, disse.

Os vereadores defenderam a realização de uma audiência pública para discutir o transporte público com a prefeitura e empresas operadoras. A expectativa é que o debate avance nas próximas semanas.

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