Petistas se animam e apostam em superchapa para turbinar bancadas em 26

A superchapa majoritária dos governadores para as eleições estaduais de 2026, encabeçada pelo governador Jerônimo Rodrigues, com Jaques Wagner (já senador) e Rui Costa candidatos ao Senado, tem animado a militância petista, que projeta um aumento maior das bancadas na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) e na Câmara dos Deputados. A informação foi obtida pelo Portal A TARDE em conversas recentes com integrantes da legenda.

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O entendimento dos petistas, em especial, aqueles com mandatos eletivos, é de que o trio de candidatos tem força para influenciar o eleitor baiano na hora de escolher os votos para deputado federal e estadual. Uma das fontes ouvidas pelo Portal A TARDE, em condição de anonimato, afirmou que a expectativa do partido é voltar aos ‘tempos áureos’ na Alba, com uma bancada com mais de dez parlamentares, mesmo dividindo espaço com a federação formada com PV e PCdoB.”Esperamos voltar para a época em que a gente tinha até 15 deputados aqui, mesmo sabendo que tem a federação”, pontuou um deputado ao ser questionado pelo Portal A TARDE.Outra fonte, também em conversa reservada, diz que o partido deve iniciar o coro pela ‘superchapa’ a partir do próximo mês, promovendo encontros com militantes e reforçando a necessidade do aumento do número de senadores petistas para um eventual segundo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).O fortalecimento da bancada no Senado é outro argumento usado pelos petistas que defendem a saída do senador Angelo Coronel, do PSD, da chapa. Segundo um deputado, a ordem é priorizar candidatos petistas na maioria dos estados, mesmo que alguns aliados tenham que abrir mão de suas candidaturas à reeleição no Congresso.”A ordem é fazer o máximo possível de senadores ano que vem, é determinação lá de cima”, destacou a mesma fonte.RessalvasApesar da chapa encabeçada por três petistas ser considerada consolidada dentro do partido, aliados de outras siglas e integrantes do governo Jerônimo Rodrigues consideram a discussão antecipada ‘equivocada’. A avaliação é de que as declarações públicas podem trazer um desgaste desnecessário dentro da base.”Pensar nisso agora é um desserviço ao governador Jerônimo”, defende um importante dirigente partidário.”2026 nós vamos discutir em 2026″, frisou outro integrante do primeiro escalão do governo Jerônimo, ao comentar o assunto.DesenhoA antecipação do debate também abriu o caderno de apostas entre os aliados sobre a acomodação dos demais partidos na composição. Uma tese defendida é de que a vaga de vice-governador, hoje ocupada pelo MDB, fique com o PSD, como compensação em uma possível saída do senador Angelo Coronel da disputa pela reeleição. Um dos nomes ventilados é justamente o de um dos filhos do parlamentar, o deputado federal Diego Coronel.Membros do Avante, hoje sob a coordenação de Ronaldo Carletto, também defendem que a legenda participe da discussão sobre a vice. Atualmente, o partido é o segundo mais prefeituras na Bahia. Outra solução apontada é a indicação de um quadro da sigla para a primeira suplência de Rui Costa (PT), levando em consideração um possível licenciamento do cargo, caso eleito, para ocupar novamente uma pasta na Esplanada dos Ministérios.Consultados, outros integrantes do governo descartam a possibilidade da chapa ser ‘fechada’ ainda 2025, e reforçam a unidade do grupo em torno do projeto político que tentará renovar a passagem pelo Palácio de Ondina por mais quatro anos.

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