“Gripe do olho”: oftalmologista alerta para cuidados com a conjuntivite no verão

Com a chegada do verão e o aumento das aglomerações em praias, piscinas e outros espaços de lazer, os casos de conjuntivite viral, conhecida popularmente como “gripe do olho”, tornam-se mais frequentes. O médico oftalmologista Breno Barth explicou, em entrevista à TV Tropical nesta quarta-feira 22, como identificar, tratar e prevenir os diferentes tipos de conjuntivite.

“Agora que no verão existe muita aglomeração de pessoas. As pessoas vão para a praia, estão nas suas férias. Então, muda-se a temperatura. Você vê que, às vezes, está muito quente, daqui a pouco dá aquela chuva. Tudo isso favorece os vírus. E, consequentemente, as conjuntivites. Eu digo até que a definição para conjuntivite é a gripe do olho”, afirmou o médico.

Além da conjuntivite viral, ele ressaltou outros tipos de infecção ocular comuns nesta época, como a conjuntivite química, causada por protetor solar ou cloro de piscina, e a conjuntivite alérgica. “Pode causar irritação, porque você está tomando banho de piscina também, o cloro, as crianças que abrem o olho debaixo da água, o próprio protetor solar. Então, todos esses problemas de conjuntivite. É conjuntivite viral, bacteriana, fúngica, química, por exposição a radiação, como a solar, exposição a agentes químicos”, explicou o médico.

Os sinais de alerta incluem olhos vermelhos, irritação persistente e associação com outros sintomas, como febre ou dor de garganta. Em casos leves, o médico orienta lavar os olhos com água corrente e soro fisiológico. Porém, se os sintomas persistirem, é necessário buscar um oftalmologista. “A primeira coisa é lavar com água corrente, lavar com soro fisiológico e aguardar um pouco. Não muitos dias, aguardar algumas horas. Caso os sintomas persistam, procurar um oftalmologista que é o médico ideal para tratar essas doenças”.

Sobre a transmissão, Breno Barth destacou que a conjuntivite viral é altamente contagiosa durante os nove primeiros dias. Ele recomenda medidas similares às adotadas na pandemia de Covid-19, como lavar as mãos frequentemente e evitar compartilhar objetos pessoais. “Covid você pegava no ar, pela inspiração. A conjuntivite, geralmente, você pega do olho contaminado, pega na mesa, aí você tocou na mesa, pegou no seu olho, aí você contrai”, disse.

O médico ainda fez um alerta sobre coçar os olhos, hábito que pode agravar a infecção. “Coçar o olho pode causar vários problemas, traumas, infecções, etc”.

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