‘Sou Voz da Justiça’: Movimento defende direitos e prerrogativas dos advogados

Encabeçado pela advogada Rossana Fonseca, o movimento “Sou Voz da Justiça” chegou para defender os direitos e prerrogativas dos profissionais da advocacia. Na sexta-feira 16 passada, uma reunião em um restaurante de Natal marcou o lançamento da iniciativa em terras potiguares.

A principal missão do movimento é proteger e manter o protagonismo dos advogados na defesa dos direitos sociais e individuais, já que a advocacia tem enfrentado problemas para exercer prerrogativas em defesa do cidadão. Conforme Rossana Fonseca, a categoria sentiu a necessidade de se unir para o reconhecimento de que o advogado é um ator essencial à Justiça.

Em entrevista ao AGORA RN, Rossana Fonseca apontou falhas da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) na defesa efetiva das prerrogativas dos profissionais, além de enfatizar que o movimento “Sou Voz da Justiça” seguirá com uma programação futura de encontros para debater soluções aos problemas apontados pelos advogados.
Confira:

AGORA RN – O que é o movimento Sou Voz da Justiça e como surgiu a ideia de criá-lo?

Rossana Fonseca – O movimento surgiu da necessidade que a advocacia tem sentido de fazer valer os seus direitos e prerrogativas, de se fazer respeitar e tem o objetivo de dar voz a uma grande parcela de advogados e advogadas que não tem encontrado amparo nas instituições que nos representam.

AGORA RN – Quais são os principais objetivos a serem alcançados com o movimento?

Rossana Fonseca – Fazer com que instituições como a OAB, por exemplo, compreendam que de nada adianta construir uma Casa da advocacia, se o advogado não tem acesso à justiça, se não consegue dar efetividade às decisões porque precisa lidar com uma secretaria unificada que não consegue atender toda a demanda que lhe é imposta, que enfrenta uma justiça lenta e, por vezes, ineficiente, que lida com um Pje claudicante e tantos outros problemas.

AGORA RN – O que foi debatido no primeiro encontro do movimento? Serão realizados outros?

Rossana Fonseca – Esse almoço contou com a presença massiva de boa parcela da advocacia. Na ocasião foi dada a palavra à advocacia presente e o intuito era ouvir, elencar os anseios da advocacia para lutar pela implementação de soluções. Estamos programando outros eventos, inclusive pelo interior do estado, onde grande parte da advocacia padece com a ausência de juízes e promotores e, em muitas cidades, sequer possuem comarcas.

AGORA RN – Quem mais participa do movimento no RN?

Rossana Fonseca – O movimento conta com participação advogados e advogadas das mais diversas idades e áreas, dentre eles posso destacar a advogada Magna Letícia, advogados jovens como Nicacio Carvalho e Ana Laura Rego, ex-presidentes da OAB como Caio Graco Pereira de Paula e Paulo Eduardo, ex-conselheiras federais como Ana Beatriz Presgrave, pessoas que não encontram hoje na instituição o mesmo vigor de antes e que entendem que advocacia precisa muito mais do que festas e homenagens.

AGORA RN – Você espera que o movimento cresça no estado?

Rossana Fonseca – Tenho recebido muitas mensagens de colegas pedindo para integrar o movimento, tem sido um movimento orgânico, sinal de que existe uma grande parcela da advocacia se sentindo desassistida. A repercussão é que a adesão ao movimento tem sido muito maior do que esperávamos. E o crescimento se dá pelo fato de que a advocacia finalmente está sendo ouvida. Engraçado que normalmente a advocacia vai à OAB ouvir a fala de quem lá está, mas nós entendemos que mais do que falar, é preciso ouvir, colher informações para lutar por aquilo que realmente está afligindo a advocacia. l

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