Decisão da Meta de encerrar sistema de checagem ‘preocupa’, diz Haddad

Mark Zuckerberg anunciou que a empresa está encerrando o seu programa de verificação de fatos para adotar as “notas de comunidade”, em que os próprios usuários fazem correções. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou em entrevista à GloboNews nesta terça-feira (7) que a decisão da Meta, empresa dona do Instagram e do Facebook, de encerrar o sistema de checagem de fatos “preocupa” o governo brasileiro.
“Tivemos hoje um anúncio de uma importante organização de comunicação mundial, global dizendo que vai retirar dos seus controles os filtros de fake news, aderindo um pouco a mentalidade de que liberdade de expressão inclui calúnia, mentira, difamação e tudo mais, o que nos preocupa”.
Haddad citou a disseminação de conteúdos falsos nas eleições presidenciais de 2018 e 2022 no Brasil.
“Nos preocupa, nós vimos o que aconteceu em 2018 e em 2022. Estamos em um mundo mais complicado. Temos que cuidar da nossa democracia, da integridade das pessoas, das instituições e das informações”, disse Haddad.
Fim do sistema de checagem
Mark Zuckerberg anuncia que Meta vai encerrar sistema de checagem de fatos
A Meta anunciou nesta terça que está encerrando o seu programa de verificação de fatos para adotar as “notas de comunidade”, um recurso similar ao implementado pela plataforma X, de Elon Musk.
O anúncio da mudança foi feito por Mark Zuckerberg, em uma publicação no Instagram.
“Vamos nos livrar dos verificadores de fatos e substituí-los por Notas da Comunidade, semelhantes ao X, começando nos EUA”, disse Zuckerberg.
“Isso significa que identificaremos menos conteúdos problemáticos, mas também reduziremos a remoção acidental de postagens e contas de pessoas inocentes”, completou o CEO da Meta.
Procurada pelo g1, a Meta enviou um comunicado em que confirma as mudanças anunciadas pelo CEO.
“Permitiremos que as pessoas se expressem mais, eliminando restrições sobre alguns assuntos que são parte de discussões na sociedade e focando a moderação de conteúdo em postagens ilegais e violações de alta severidade”, disse Joel Kaplan, vice-presidente de assuntos globais a big tech.
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