Novo esquema vacinal contra a poliomielite: aplicação será injetável

Vacinação poliomielite

Vacinação poliomielite
A substituição da dose oral pela injetável segue a recomendação da Organização Mundial da Saúde (Foto: Marcelo Ribeiro/ Arquivo Tribuna)

A partir deste ano, as populares gotinhas deixam de ser usadas nas vacinas para a prevenção contra a poliomielite, também conhecida como paralisia infantil. O novo esquema vacinal consiste em ofertar vacinas injetáveis em crianças de 2 meses, 4 meses, 6 meses e o reforço aos 15 meses. O reforço aos 4 anos passa a não ser mais necessário, já que o esquema vacinal com quatro doses garante proteção contra a doença.

De acordo com o Ministério da Saúde, a mudança no esquema vacinal é fundamentada em evidências científicas e nas recomendações de organismos internacionais. A alteração ocorre porque a vacina oral contra a poliomielite (VOP), que utiliza o vírus enfraquecido, pode, em condições sanitárias precárias, provocar casos da doença derivados da própria vacina. A substituição da dose oral pela injetável segue a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) e foi aprovada pela Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização.

A orientação é que a  VOP seja reservada exclusivamente para o controle de surtos, como no caso da Faixa de Gaza. Em agosto do ano passado, a região registrou o primeiro caso de poliomielite em 25 anos, envolvendo um bebê de 10 meses que não havia recebido nenhuma das doses previstas no esquema vacinal. 

A atualização levou em conta critérios epidemiológicos, evidências científicas sobre a vacina e recomendações internacionais. Embora o Brasil não registre casos de poliomielite há 34 anos, as taxas de cobertura vacinal têm caído de forma preocupante nos últimos anos. Em 2022, por exemplo, a cobertura atingiu apenas 77,19%, bem abaixo da meta de 95%.

O calendário nacional de vacinação inclui, na rotina dos serviços de saúde, 19 vacinas que protegem ao longo de todas as fases da vida, desde o nascimento até a terceira idade. Além da poliomielite, o programa abrange doenças imunopreveníveis como sarampo, rubéola, tétano e coqueluche. Coordenado pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI), o objetivo das campanhas anuais é alcançar altas coberturas vacinais, garantindo proteção individual e coletiva.

Confira os calendários completos de vacinação disponibilizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para crianças, adolescentes, adultos, idosos e gestantes.

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