Paysandu explica cobrança de R$ 3 milhões feita por zagueiro

O futebol, paixão mundial e palco de emoções, também é terreno de disputas intensas fora do campo. As brigas jurídicas entre jogadores e clubes tornaram-se um capítulo comum no esporte.Paralelamente, o mercado do futebol vem exibindo cifras cada vez mais impressionantes e, muitas vezes, insanas, em transferências e negociações que desafiam a lógica econômica.Essa combinação de conflitos judiciais e valores muitas vezes gera um grande desgaste e preocupa os torcedores, como no Paysandu com o zagueiro Lucas Maia, que cobra um valor de R$ 3.345.350,00 milhões.Conteúdo Relacionado:Paysandu: Lucas entra na justiça e pede mais de R$ 3 milhõesPaysandu inicia pré-temporada com novidades e foco em 2025Paysandu: executivo promete reforços e espaço para baseAtual diretor jurídico do clube e vice-presidente de operações a partir do dia 1º de janeiro, Márcio Tuma, em entrevista ao jornalista Ronaldo Santos, do canal RS Live Sports, explicou o que está acontecendo.”Muitas pessoas estão me perguntando o porquê desta cifra de mais de R$ 3 milhões. É porque o atleta está pedindo antecipação de todos os valores que ele tem a receber até o final do contrato com o Paysandu (2025). Ele está fazendo este pedido, argumentando que o Paysandu tem verbas em atraso com ele e, por isso, teria ensejo de uma rescisão contratual direta, ou seja, uma rescisão por culpa do Paysandu em razão dos atrasos”, comentou.

Lucas Maia cobra questões relacionadas ao encerramento do vínculo trabalhista com o clube, como multa de 40% do FGTS (indenização obrigatória em caso de demissão sem justa causa), pagamento das verbas devidas em decorrência da rescisão, incluindo saldo de salário, aviso-prévio, férias proporcionais e 13º salário proporcional.”Entendemos que os atrasos ocorrem, mas são pequenos perto do todo. São absolutamente contornáveis. Vamos apresentar a defesa do Paysandu. Não tenho como antecipar. Foi algo muito recente, mas estamos levantando a documentação, o que é e o que não é, para mostrar que o atleta, neste particular, não tem razão. Vamos trabalhar com isso e ver a situação dele no elenco. A princípio era um atleta que a gente contava para 2025, mas agora temos que analisar, junto ao executivo de futebol (Felipe Albuquerque) e com o nosso presidente eleito, Roger Aguilera, para ver como fica a posição dele, dada a questão judicial”, ressaltou.

O zagueiro ainda busca o pagamento ou cumprimento de obrigações consideradas essenciais e que não esperam o julgamento final, sob risco de prejuízo irreparável.”Devemos lembrar e ratificar que ele não conseguiu, até o momento, a liberação da justiça. É um atleta que buscou entrar no plantão. Acho que foi algo infeliz na estratégia dele, pois não é um caso de plantão. Ele teve todo o tempo que poderia para conversar com a diretoria para falar sobre essa pretensão judicial, mas não… Ficamos sabendo desta situação agora, após a demanda ter sido ajuizada. O fato é que ele não conseguiu a liminar para se desvincular. Então, até o momento, continuamos aguardando a apresentação do atleta. Vamos ver o desenrolar dessa demanda jurídica na justiça”, destacou Tuma.

O valor cobrado por Lucas Maia causou espanto na Fiel Bicolor, que vem acompanhando as notícias sobre salários atrasados de jogadores e funcionários. Entretanto, Tuma quer os torcedores tranquilos.”O que eu posso falar é que o Paysandu vai fazer a melhor defesa possível. Temos o jurídico profissionalizado desde 2023. Estamos completando dois anos desta profissionalização. Hoje, com toda certeza, o Paysandu vai ser defendido. Posso assegurar ao torcedor que o melhor será feito neste particular”, finalizou.

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