Álvaro defende reajuste e diz que situação de empresas de ônibus era “insustentável”

O prefeito de Natal, Álvaro Dias (Republicanos) defendeu o reajuste na tarifa de ônibus na Capital, que passará de R$ 4,50 para R$ 4,90 a partir deste domingo 29. Segundo ele, a medida foi necessária para evitar o colapso do setor. O aumento, de 8,89%, é o segundo em menos de dois anos. A última alteração na tarifa ocorreu em novembro de 2022, quando o preço da passagem foi reajustado em R$ 0,60, passando de R$ 3,90 para os atuais R$ 4,50.

“Eu tive de dar esse reajuste porque estava insuportável, estava insustentável. As empresas iam começar a ter greve, o pessoal lutando por melhores salários, eles sem poder aumentar, o combustível subindo sem eles poderem honrar. Então, estava numa situação já realmente insustentável”, explicou.

Álvaro ressaltou que, mesmo com o aumento, a tarifa de Natal continua entre as mais acessíveis da região. “Nossa tarifa é a menor da região Nordeste. Nós, agora, estamos com esse aumento nos equiparando a João Pessoa. Há muito tempo que João Pessoa já cobra os R$ 4,90 que nós cobraremos a partir de agora”.

O prefeito também destacou que o reajuste foi concedido após um ano sem aumento, período no qual diversos custos subiram. “O que foi que você viu aqui em Natal, no Brasil, que passou um ano sem ter aumento? Salário passou um ano sem ter aumento? Combustível passou um ano sem ter aumento? De jeito nenhum. A energia elétrica passou um ano? Nada. Então, há um ano que não tem aumento”.

REPOSIÇÃO. Álvaro reconheceu que a retirada de linhas de ônibus é uma preocupação para os usuários, mas afirmou que a reposição será uma questão para o prefeito eleito, Paulinho Freire. “Essa questão de reposição de novas linhas, aí tem de ser uma negociação de Paulinho. Estou no fim da gestão”, disse.
Com o reajuste, o prefeito espera garantir a sustentabilidade do sistema de transporte público e evitar a insolvência das empresas. “O que houve agora foi um reajuste para que as empresas pudessem continuar trabalhando, porque senão iam ficar em situação de insolvência, em uma situação muito difícil”.

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