Quiosqueiros reclamam de opressão nas praias e pedem saída de secretário da Semurb

Comerciantes das praias de Ponta Negra, Meio e Redinha fizeram uma manifestação nesta quinta (08) contra a opressão que os trabalhadores da orla têm sofrido por fiscalizações da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb). O grupo saiu a pé da Câmara Municipal em direção à Prefeitura do Natal, onde foi entregue uma carta com denúncias, reclamações e algumas exigências a Sérgio Freire, secretário municipal de Governo.

Queremos a saída de Leonardo Almeida, que é supervisor da Semurb e do secretário Thiago Mesquita. Eles oprimem os trabalhadores das praias da Redinha e Ponta Negra, não nos deixa trabalhar, dita ordens, manda recolher material das pessoas… só nos restou o chão”, lamenta Ozenir Florêncio Silva, trabalhadora do antigo Mercado da Redinha que está impedida de trabalhar desde o início da reforma do espaço em abril de 2022.

Complexo Turístico da Redinha I Foto: Mirella Lopes
Mercado da Redinha I Foto: Mirella Lopes

Na carta, os trabalhadores denunciam que não foi realizada consulta livre, prévia e informada, como determina a Constituição, principalmente, nas praias da Redinha e Ponta Negra, que passaram por grandes mudanças com a construção do Complexo Turístico da Redinha no lugar do antigo Mercado e a engorda de Ponta Negra.

É uma expulsão geral que querem fazer, o dinheiro do auxílio foi cortado pela Semtas [Secretaria Municipal de Trabalho e Assistência Social] na segunda, disseram que o empenho foi até abril. A Prefeitura teria que renovar, não nos avisou do corte e nem informou à Semtas sobre a necessidade de renovação”, relata Ozenir, sobre a situação dos trabalhadores da Redinha, que foram impedidos tanto de retornar ao agora Complexo Turístico da Redinha, como de trabalhar na areia da praia e estão dependendo de um auxílio pago pela Prefeitura.

Praia de Ponta Negra Foto: Mirella Lopes
Praia de Ponta Negra I Foto: Mirella Lopes

Ao todo, os trabalhadores fazem 21 exigências, entre elas, a exoneração de Thiago Mesquita e Leonardo Almeida, a suspensão de projetos de Parcerias Público Privadas (PPPs), do projeto de PPP da praia de Ponta Negra que estaria sendo elaborado sem consultar moradores e comerciantes, uma investigação sobre a suposta venda de espaços públicos por funcionários da Semurb, a devolução de materiais apreendidos durante fiscalizações, o fim da perseguição aos trabalhadores da orla e transparência nos critérios adotados para o ordenamento dos espaços, a reabertura do Mercado da Redinha e do Redinha Clube, além da retomada e reajuste do pagamento do auxílio social.

O grupo aguarda uma resposta sobre as demandas até esta sexta (09).

“Não somos contra a fiscalização, mas contra a forma como ela tem sido feita. Estão levando material, abrindo caixas para ver o que estão vendendo. Uma pessoa, locador de Ponta Negra, bateu de frente e passou a ser desmoralizado, dizendo que ele tomava remédio controlado, que era louco. Alguém tem que parar esse rapaz”, diz Ozenir se referindo a Leonardo Almeida, que teria carta branca de Thiago Mesquita para as autuações.

A agência SAIBA MAIS fez contato com a assessoria de imprensa da Semurb no final da tarde, mas não obtivemos resposta até a publicação da matéria.

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