RN tem alta em rendimento médio, mas continua entre estados mais desiguais

A renda média real (ou seja, descontada a inflação do período) do potiguar aumentou de R$ 2.230,00 em 2023 para R$ 2.448,00 em 2024, o que representa um crescimento de 9,8%, valor menor do que a média do Nordeste (10,3%), mas superior à média nacional (7,4%). Por outro lado, o Rio Grande do Norte conseguiu manter um rendimento superior à média regional, que ficou na casa dos R$ 2.080,00, apesar de abaixo da média nacional (R$ 3.057,00), que alcançou o maior patamar desde 2012. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) e foram divulgados nesta quinta (06) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Os números também revelam a importância de programas sociais, como o Bolsa Família e o Benefício de Prestação Continuada (BPC), que garantiram aos beneficiários o rendimento médio de R$ 803,00, também o maior desde o início da serie histórica, em 2012.

Entre 2012 e 2024, o número de domicílios no Rio Grande do Norte que receberam o Bolsa
Família variou, com queda em 2020 (124 mil; 10,9%), em decorrência da mudança para o Auxílio
Emergencial durante a pandemia por Covid-19. Depois houve aumento até 2023 (381 mil; 30,4%) e
nova queda em 2024 (369 mil; 28,2%).

Outro dado revelado é que nas regiões Norte (8,2%) e Nordeste (9,4%) os rendimentos originários de programas sociais são maiores que a média nacional (3,8%). As regiões também possuem os menores valores per capita do Brasil.

Desigualdade

Pelo Índice de Gini, que mede a desigualdade na distribuição de rendimentos, variando de 0 (igualdade perfeita) a 1 (desigualdade máxima), o Rio Grande do Norte segue numa crescente. Depois de um pico em 2021, seguido por uma queda, o estado segue uma tendência de aumento da desigualdade.

Em 2023, o RN ocupava a 5ª posição no Brasil e a 4ª no Nordeste. Já em 2024, passou a ocupar a 4ª
posição no Brasil e a 3ª na região Nordeste, indicando piora diante das outras Unidades da
Federação.

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