Na China, Rui se reúne com empresa interessada na Fiol

Um dos compromissos do ministro da Casa Civil, Rui Costa, em Pequim, na China, na segunda-feira, 28, incluiu a reunião com representantes do Instituto de Pesquisa Econômica e Planejamento Ferroviário da China e da empresa CREC2, que realizaram visita ao canteiro de obras da Ferrovia de Integração Leste-Oeste (Fiol), em Ilhéus, no dia 16 de abril.

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Uma das apostas do Governo Federal é o investimento em infraestrutura de transporte multimodal, conforme sinalizado pelo ministro da Casa Civil.“Para o governo brasileiro e o presidente Lula é fundamental o investimento na infraestrutura e na logística a partir da utilização de vários modais, mas tendo como carro chefe o modal ferroviário. O objetivo central é não só atender o Brasil, mas integrar a América do Sul por meio da infraestrutura logística”, pontuou Rui Costa.Os chineses vieram avaliar o potencial das obras da Malha I da Ferrovia de Integração Leste-Oeste (Fiol) e do Porto Sul, com vistas à criação do Corredor Bioceânico Brasil-Peru.A China deverá elaborar um novo estudo voltado à implantação do corredor, que pretende criar uma rota estratégica para o comércio entre os dois oceanos, ampliando as conexões comerciais entre a China e os países da América do Sul.Interesse realO interesse da China foi confirmado ao Portal A TARDE pelo secretário estadual da Casa Civil, Afonso Florence (PT). Apesar de não ter estado junto à comitiva chinesa em Ilhéus, o gestor disse que o governo baiano teve representantes na visita e confirmou que tem mantido diálogo constante com o país asiático.A alternativa ferroviária a ser construída entre o Brasil e o Peru seria uma resposta ao movimento dos Estados Unidos, de pressionar os panamenhos a fechar o Canal do Panamá para os interesses econômicos da China.“São estatais chinesas. Eles têm interesse geopolítico e é razoável supor que haja uma margenzinha de risco que eles corram, porque eles querem fazer uma parceria com o Brasil, que é no quintal dos Estados Unidos. Então, a geopolítica pode convir. É uma possibilidade real”, assegurou Florence.Obras retomadasAs obras do Trecho 1 da Ferrovia Oeste-Leste (Fiol), entre as cidades de Caetité e Ilhéus, que foram suspensas no dia 1º de abril, após a Bahia Mineração (Bamin), responsável pela construção, romper do contrato com a construtora Prumo Engenharia, depois um investimento de R$ 784 milhões.Cerca de duas semanas depois, a Bahia Ferrovias S.A. foi anunciada como a empresa que vai executar o restante da obra do Lote 4F, nos municípios de Brumado, Tanhaçu, Ibiassucê, Caetité, Lagoa Real e Rio do Antônio.A Bamim faz parte do conglomerado de empresas controlado pela gigante Eurasian Resources Group (ERG), com sede no Cazaquistão e desde 2021, quando venceu a licitação, toca a obra do Trecho 1 da Fiol.

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