Em baixa nas pesquisas, Rogério Marinho inicia tour pelo RN sem Bolsonaro

O senador Rogério Marinho (PL) deu início neste final de semana à sua pré-campanha ao Governo do Rio Grande do Norte, com a caravana batizada de “Rota 22”. A largada ocorreu em Pau dos Ferros, na região Alto Oeste, na noite de domingo (27), após adiamento do cronograma original. A largada da tour política estava programada para 11 de abril, mas foi adiada após o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) passar mal no primeiro dia da agenda pelo interior potiguar. Ele teve de ser transferido de helicóptero para Natal, ficou hospitalizado durante dois dias na capital e foi removido de UTI aérea para Brasília (DF).

Marinho contava com a presença de Bolsonaro para impulsionar a excursão da sua pré-candidatura, mas, diante do infortúnio do seu maior cabo eleitoral, que segue hospitalizado na capital federal, decidiu colocar o bloco na rua sozinho.

O evento reuniu apoiadores, lideranças locais e políticos aliados, numa tentativa de impulsionar a pré-candidatura do senador, que, segundo pesquisas recentes como a do Instituto Seta/O Potiguar, ainda amarga baixos índices de intenção de voto.

A “Rota 22” é uma aposta do senador bolsonarista para aumentar sua exposição no interior potiguar e se tornar mais competitivo no cenário eleitoral.

O senador aposta no fortalecimento de sua base no interior, mirando o eleitorado mais conservador e fiel ao bolsonarismo, especialmente em cidades médias e pequenas do Rio Grande do Norte.

O desafio é enorme, uma vez que, nas eleições de 2022, Bolsonaro venceu o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em apenas um dos 167 municípios do Rio Grande do Norte: Parnamirim, localizado na Região Metropolitana de Natal (RMN).

Os obstáculos de Rogério Marinho, no entanto, não se resumem a enfrentar o campo governista. A oposição à governadora Fátima Bezerra (PT) chega fragmentada para a disputa de 2026.

Além do senador, outros dois nomes consolidados se apresentam: o ex-prefeito de Natal Álvaro Dias (Republicanos) e o prefeito de Mossoró Allyson Bezerra (União Brasil).

A pulverização de candidaturas pode enfraquecer o desempenho oposicionista, diluindo votos e dificultando a formação de um palanque unificado.

Fragmentação na oposição favorece candidatura governista

Cadu Xavier foi escolhido pré-candidato a governador pelo PT. Foto: Ricardo Stuckert

Essa fragmentação da oposição tende a favorecer o grupo governista, que já consolidou a pré-candidatura de Carlos Eduardo Xavier (PT), atual secretário estadual da Fazenda, com apoio declarado da governadora Fátima Bezerra.

Cadu Xavier surge como uma tentativa de renovação dentro do próprio campo petista, numa eleição que será marcada tanto pela avaliação da gestão estadual quanto pela capacidade dos adversários de unirem forças.

No cenário estimulado da pesquisa do Instituto Seta/O Potiguar, o secretário obteve 6,7% das intenções de voto, ficando atrás do senador Rogério Marinho (14,2%) e do prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (39,4%).

Apesar da distância em relação aos oponentes, o desempenho de Cadu Xavier, um nome ainda desconhecido da ampla maioria da população do Rio Grande do Norte, foi considerado surpreendente no meio petista. Há potencial, segundo avaliação das lideranças do partido, para crescimento.

Melhora na aprovação de Fátima tende a impulsionar Cadu

Esse potencial poderá ser impulsionado pelos sinais de recuperação na aprovação da gestão da governadora Fátima Bezerra, segundo indicado pela pesquisa Seta/O potiguar.

De acordo com o levantamento, 41% dos entrevistados disseram aprovar a administração da petista, 43% desaprovam e 16% disseram que não sabem ou não responderam. Em pesquisas anteriores, realizadas por outros institutos, a desaprovação à gestão estadual chegava a 70%.

Saiba Mais: Pesquisa Seta/O Potiguar: Fátima recupera aprovação e seria eleita senadora

A pesquisa também apontou que, se as eleições fossem hoje, Fátima seria eleita senadora, com 14,2% dos votos dos eleitores potiguares, junto com o senador Styvenson Valentim (PSD), que lidera a disputa com 21%.

De acordo, ainda, com o levantamento, 56% dos potiguares aprovam a gestão do presidente Lula, 31% desaprovam e 13% não sabem ou não responderam.

A melhora na aprovação de Fátima, somada à avaliação positiva de Lula, esperam os grão-mestres petistas, tende a favorecer a pré-candidatura de Cadu Xavier, que foi ungido para defender o legado dos dois mandatos da petista à frente do Executivo do Rio Grande do Norte.

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