Djamila Ribeiro é a 1ª brasileira parte de programa prestigiado do MIT

Djamila Ribeiro foi convidada a lecionar no Massashusetts Institute of Technology (MIT), como a primeira brasileira a integrar o programa que homenageia Martin Luther King — um dos mais prestigiados da instituição. “O convite é para lecionar por um ano (podendo se estender para dois, caso seja do meu desejo), sendo que um semestre de cada ano é sabático. Eu nunca tive isso, brinco que nunca tive um final de semana sabático. Concluí graduação e mestrado entre trabalhos, maternidade, ativismo, perrengue. Poder viver isso é uma grande conquista que abraço com muita gratidão”, escreveu a professora nas redes sociais.Djamila é ativista, escritora e coordenadora da iniciativa Feminismos Plurais. É autora de Lugar de Fala (2017), Quem Tem Medo do Feminismo Negro? (2018), Pequeno Manual Antirracista (2019) e Cartas para minha Avó” (2021), que já venderam mais de 1 milhão de exemplares.

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Graduada em filosofia e mestra em filosofia política pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Ribeiro tem como método a convocação de outras vozes no meio acadêmico, principalmente negras e femininas.“Ser convidada para lecionar no MIT (Massachusetts Institute of Technology) já foi algo encantador pra mim. Mas quando soube que seria pelo Programa Dr. Martin Luther King Jr. de Professora Convidada, um dos mais prestigiosos da universidade, fiquei ainda mais feliz. Sou a primeira brasileira convidada a participar do programa que existe desde a década de 1990, nessa instituição de excelência, cujo nome carrega muita história e significado”, disse Djamila no InstagramEm aulas, testos e palestras, Djamila aponta que o ensino de filosofia nas escolas ainda é marcado por uma lógica eurocêntrica e masculina. “Isso empobrece o pensamento. Quando lemos outras perspectivas, abrimos janelas que nem sabíamos que existiam.”Além de ser imortal da Academia Paulista de Letras desde 2022, a escritora também é vencedora em 2020 de um prêmio Jabuti, o mais importante do meio literário brasileiro, na categoria Ciências Humanas, pelo Pequeno Manual Antirracista.

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